quarta-feira, 30 de maio de 2007

DVORÁK, Antonin - Danças Eslavas, Op. 46

Na verdade, há duas coletâneas de danças, com oito danças cada (a primeira, opus 46, de 1878; e a segunda, opus 72, de 1886), escritas para piano e orquestradas posteriormente. Encomendadas pelo editor Simrock, a quem Brahms recentemente recomendara Dvorák, as Danças Eslavas foram elaboradas tendo em mente as Danças Húngaras.
O sucesso da primeira coletânea, de 1878, fez com que Simrock se animasse a encomendar a segunda. Contudo, já mais estabelecido e famoso, Dvorák não aceitou com facilidade, argumentando que era "diabolicamente difícil escrever duas vezes a mesma coisa."
A primeira coletânea, que se situa na fronteira do período conhecido como eslavo do compositor, trabalha apenas danças tchecas (furiant, skocna, susedska), presentes em outras obras de Dvorák.
Já a segunda coletânea merece bem o título da obra, pois trabalha danças de outros países eslavos, como a Polônia e a Sérvia, e não apenas da Tchecoslováquia.
Dvorák trabalhou suas danças de forma diversa ao modo como Brahms compôs as Danças Húngaras. Enquanto Brahms utilizou verdadeiras melodias populares húngaras, Dvorák não usou temas autênticos, mas imitações extremamente fiéis, inspiradas no folclore morávio.
Dança 1: Presto (dó maior) – furiant
Dança 2: Allegretto scherzando (mi menor) – dumka ucraniana (uma exceção no ciclo)
Dança 3: Poco allegro (lá bemol maior) – polka
Dança 4: Tempo di minuetto (fá maior) – susedska
Dança 5: Allegro vivace (lá maior) – skocna
Dança 6: Allegro scherzando (ré maior) – susedska
Dança 7: Allegro assai (dó maior) – Skocna Dança 8: Presto (sol menor) - furiant

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