segunda-feira, 11 de junho de 2007

GOMES, Carlos - Il GUARANI

A ópera “O Guarani”, inspirada no romance homônimo de José de Alencar, é uma das obras mais conhecidas de Carlos Gomes, tendo proporcionado muita fama ao autor. Estreou em 19 de março de 1870, no Scala de Milão (Itália), depois seguindo para Florença, Gênova, Ferrara, Londres, Vicenza, Treviso, Turim, Palermo, Catânia, Reggio Emilia, Lugo, Buenos Aires, Varsóvia, Rio de Janeiro, Montevidéu, Paris, São Petersburgo e Moscou, num total de 231 apresentações em oito anos.
Em quatro atos, “O Guarani” transcorre no Brasil de 1560, no litoral do Rio de Janeiro, e tem como personagens centrais o fidalgo português Dom Antônio de Mariz, sua filha Cecy, o índio Pery, o cacique Aymoré, o aventureiro espanhol Gonzales e o nobre português Dom Álvaro. A obra de Carlos Gomes celebra o amor entre Cecy e Pery, que transpõe as diferenças étnicas e culturais do casal e carrega elementos simbólicos da formação do Brasil.
A história se passa nos arredores do Rio de Janeiro por volta de 1560. Os Índios aimorés e guaranis estão em guerra. Cecília, filha de D. Antônio de Mariz, velho fidalgo português e chefe dos caçadores de uma colônia lusitana, está comprometida por imposição paterna a casar-se com D. Álvaro, aventureiro português, apesar de a este os caçadores haverem prometido uma índia aimoré. Entretanto, Cecília enamora-se do índio Pery, líder da tribo guarani, que, por sua vez, apaixonado, resolve apoiar os caçadores em sua luta contra os aimorés. Em meio à contenda, Gonzáles, outro aventureiro português, hóspede de D. Antônio, planeja trair os companheiros, seqüestrando Cecy, mas Pery descobre o plano e susta a tentativa. Durante a disputa, Cecy é aprisionada pelos aimorés e o Cacique destes, por sua vez, apaixona-se por ela. Pouco depois, também Pery é aprisionado pelos guerreiros. Ciente do amor entre Pery e Cecy, o Cacique resolve sacrificá-los. Entrementes, com a repentina chegada do velho d. Antônio e seus companheiros, tudo se resolve. Uma nova traição de Gonzáles faz com que D. Antônio e Cecília sejam encarcerados em seu próprio castelo. Pery vai em busca da amada, pois sabe que d. Antônio pretende matar-se e levá-la consigo. Pery implora por Cecília e d. Antônio, emocionado ante a força do sentimento que une os dois amantes, tomando da espada batiza Pery, tornando-o cristão. Cecília e Pery fogem e, ao longe, contemplam a explosão do castelo junto com d. Antônio, que resolveu sacrificar a vida para salvar a da filha.

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