segunda-feira, 16 de julho de 2007

MOZART, W. A. - Sinfonia em Do maior, KV 425 - No. 36 (Linz)

No final de outubro de 1783, Mozart acompanhado de sua esposa Constanze, em direção a Viena, passam por Linz onde são hospedados pelo conde Thun, pai de um de seus amigos vienenses. Para agradecer-lhe, aceita apresentar-se em público, concerto este que seria dia 4 de novembro, como não possuía nenhuma sinfonia consigo, resolveu escrever uma nova obra que seria terminada até á data do concerto. Ou seja a sinfonia teria sido escrita em apenas 3 dias.
Primeiro movimento: Adagio – Allegro spirituoso. A primeira parte possui um caráter marcial e enérgico, que funciona como introdução ao movimento inicial da sinfonia que é o Allegro spirituoso. Esta introdução termina com um acorde da dominante, introduzindo assim o primeiro tema da sinfonia que é confiado aos primeiros violinos. Após o tutti da orquestra, marcado por vigorosos acordes, surge o segundo tema. O desenvolvimento é marcado pela passagem dos instrumentos de cordas graves e do fagote, que atuam em uníssono, culminando sobre um novo motivo na tonalidade de sol maior que acaba evoluindo para outras tonalidades e modos (maior e menor), antes da reexposição no tom principal. Ao final, uma nova reexposição introduz a Coda final que dará a conclusão do movimento.
Segundo movimento: Poco Adagio. O quarteto das cordas apresenta o primeiro tema em ritmo de siciliana. A resposta é sustentada pelo instrumentos de sopro sobre os pizzicatos dos contrabaixos. Após a repetição do último desenho musical, surge uma nova idéia musical escrita em tercinas que propiciam um novo caráter, antes de retornar ao início do movimento novamente. Na segunda parte percebemos uma séries de dissonâncias e movimentos cromáticos, que mudam toda a feição utilizada na primeira parte deste movimento. Os fagotes e os contrabaixos, introduzem uma nova tonalidade de fa menor, motivo este que será retomado pelos violinos. A partir deste momento várias modulações são sentidas culminando com a aparição do tema inicial ornamentado, concluindo assim o movimento.
Terceiro movimento: Menuetto. É apresentado em duas partes: a parte inicial é dividida em dois episódios que se repetem. Na primeira parte do primeiro episódio o tema é apresentado pelo oboé e violinos, e possui características descendentes e na segunda parte os motivos são ascendentes ambos com imitações nas cordas graves, fagotes e trompas. Já na segunda parte do minueto - Trio - os violinos e o oboé, propiciam um novo caráter. Ao final do Trio há um retorno ao início do minueto, em geral, feito sem as repetições.
Quarto movimento: Presto. Um tema simples é apresentado logo pelo primeiro violino, tema este que se desenvolve até seu ritornello utilizando-se de um motivo formado por três colcheias, que atua como ponto de ligação entre os diversos motivos que compõe o tema inicial. Após a repetição, surge o segundo tema na tonalidade da dominante (sol maior). O desenvolvimento do último movimento está fundamentado no segundo tema, caracterizado pelas constantes modulações antes da reexposição, quando volta ao tom inicial. Ao final do movimento, ouve-se uma terceira vez o primeiro tema, que surge como função de Coda para a conclusão do movimento.

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