sexta-feira, 8 de abril de 2011

EDUARD LALO - SINFONIA ESPANHOLA EM RE MENOR PARA VIOLINO E ORQUESTRA, OP. 21


Esta obra para violino e orquestra de Lalo não é na realidade uma sinfonia e em um de
seus movimentos não pode nem mesmo ser considerada espanhola. É uma obra muito
melodiosa favorecendo a virtuosidade do solista.
Foi escrita para o célebre virtuose espanhol Pablo Sarasate (1944-1908). Em 1874 Lalo
ainda era um compositor desconhecido, escreveu para Sarasate um concerto para
violino que obteve grande sucesso quando de sua apresentação em Londres. Foi a
partir desse episódio que o nome de Lalo começou a ser conhecido. Este triunfo levou
Lalo a escrever outra obra para Sarasate, desta vez com uma linguagem espanhola em
homenagem à nacionalidade de seu amigo intérprete.
Denominou-se “sinfonia” talvez por causa da importância da orquestra, ou quem sabe
pela amplidão sinfônica dos movimentos. A obra basicamente tem cinco movimentos,
sendo que o primeiro é escrito na forma clássica de uma “Sonata”. Dois temas
principais, o primeiro com caráter rapsódico e o segundo com um caráter mais terno,
ambos dominam o primeiro movimento. Neste movimento ouvimos elementos
rítmicos e melodias características da Espanha.
A passagem orquestral, fortemente acentuada e extremamente ritmada introduzem
um “Scherzando” que contém duas inesquecíveis melodias hispânicas.
Já o terceiro movimento, Interludio, é longo e difuso, que em muitos casos é omitido
na execução da obra.
O quarto movimento, Andante, é a expressão dramática é muito ligada à música cigana
húngara que à música espanhola, em virtude de seus coloridos, matizes e inflexões,
chegando mesmo a recordar as “Zingeunerweisen” de Sarasate.
Um ardente Scherzo encerra a obra e explora recursos técnicos de virtuosidade,
conduzindo a um final apoteótico.

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