quarta-feira, 9 de maio de 2007

BEETHOVEN, Ludwig van - Sinfonia No. 2 em Re maior, Op. 36

A obra foi escrita em 1802 e dedicada ao príncipe Carl Lichnowsky e sua première aconteceu a 5 Abril de 1803 no Theater an der Wien em conjunto com o 3o. Concerto para Piano e o oratório Cristo no Monte das Oliveiras, com a regência de Beethoven.
Esta obra marca o ponto alto do antigo regime pré-revolucionário de Haydn e Mozart, e o ponto de partida para caminhos musicais nunca antes explorados.
A sinfonia inicia-se com um movimento bipartido. Uma abertura lenta de 36 compassos no compasso ternário, onde se verifica uma alternância entre as madeiras, os tutti em fortíssimo e os ornamentos das cordas. O Allegro, em compasso quaternário inicia-se com o primeiro tema de caráter enérgico nas cordas graves. Uma pequena ponte em tom menor antecede o surgimento do segundo tema. O desenvolvimento vem à tona com a apresentação de elementos dos dois temas. A reexposição repete quase que textualmente o início da obra (Allegro) antes de se ouvir a Coda que se baseia no primeiro tema.
O segundo movimento – Larghetto – está desenvolvido sobre 2 temas. O primeiro tema de caráter melódico é exposto pelo quarteto de cordas, retomado pela clarinete, fagote e trompa. Este diálogo leva ao surgimento do segundo tema que possui um caráter ligeiro, levando ao tutti final.
O terceiro movimento, um Scherzo, já aparece com esse nome, que seria a marca de Beethoven em todas a s suas sinfonias a partir deste ponto. Seu tema principal é brusco, adotando o contraste de intensidade e grandes intervalos, num diálogo entre as madeiras e as cordas, marcada por um motivo integrado por 3 semínimas em staccato. O Trio, em contraste, possui um caráter popular, seguindo-se a repetição do Scherzo para encerrar o movimento.O último movimento é um Rondo de forma livre com seu tema em notas em staccato. Um segundo tema cantante é apresentado pelo clarinete e pelo fagote, ornamentado pelos primeiros violinos. Depois de uma série de modulações, o segundo tema reaparece transformado, propiciando o ressurgimento do primeiro tema. Um tutti propõe a Coda conclusiva com a repetição dos acordes iniciais. O final traz a resolução de todas as tensões provocadas durante a exposição do movimento.

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