Uma das mais belas e conhecidas sinfonias, escrita para dedicá-la a Napoleão Bonaparte, que foi contemporâneo de Beethoven.
Napoleão era visto como um defensor da liberdade por Beethoven e como uma ameaça por muitos outros, nomeadamente os ingleses, apostados em por termo às invasões francesas. Foi a época em que Lord Nelson brilhou. Beethoven, como cidadão preocupado com o mundo à sua volta, comprou com todas as forças os ideais de justiça, fraternidade e igualdade pregados pela Revolução Francesa. Ele próprio considerava a liberdade um bem supremo, um dos maiores tesouros de um homem, e ficou muito admirado ao verificar estes ideais personificados em Napoleão. A 18 de maio 1804 Napoleão se proclamou rei de França, com uma ambição bem maior do que isso; os países Ibéricos, a Itália e a Alemanha, nomeadamente, deveriam prestar a devida vassalagem. Quando Beethoven recebeu a notícia de que Napoleão havia se auto-coroado, tornando-se Imperador, imediatamente Beethoven rasgou a dedicatória, considerando-o ambicioso, traidor dos princípios pela qual havia jurado, e em seu lugar escreveu “À Memória de um Grande Homem” e deu-lhe um novo título “Sinfonia Heróica” e dedicando-a definitivamente ao príncipe Lobkowitz (1772-1816), famoso patrono das artes e seu admirador incondicional.
A sinfonia foi publicada em 1830 pela editora Simrock com seguinte título em italiano: ”Sinfonia Eroica composta per festeggiare il sovvnire di um drand’Uomo, e dedicata a Sua Altezza Sereníssima il Príncipe di Lobkowitz, da Luigi van Beethoven. Op. 55. No. III delle Sinfonie”.
Começou a ser escrita em 1802 durante sua estada em Heiligenstadt, concluindo-a em 1804, tendo sua estréia não oficial, de forma particular em agosto de 1804 para o príncipe Lobkowitz, que ficou de tal maneira encantado com a obra que não permitiu que fosse executada fora dos concertos palacianos. A primeira audição em Viena também foi privada realizada na residência de um banqueiro a 7 de abril de 1805, só depois passando tendo a primeira apresentação pública no dia 07 de abril de 1805 no Theater an der Wien sob sua regência.
Não devemos nos esquecer que, pouco antes, Beethoven havia enfrentado o seu maior desafio de um músico: perceber o sentido que deveria ser para ele, a audição, falhar até o diagnóstico da eminente surdez. Vencida esta etapa, Beethoven desfrutou da sensação de liberdade musical e espiritual; nada o prendia mais às regras, ele as dominava todas. Assim, a Eróica é um marco de revolução formal: sem introdução lenta, o tema é impelido a começar depois de dois fortes e decididos acordes; expandiu a forma, substituiu definitivamente o Minueto pelo Scherzo, aumentou a orquestra e, pela primeira vez no gênero sinfônico, uma impressão de sentimentos extra-musicais era notadamente colocada em prática, principalmente no segundo movimento, a Marcia Funebre.
È a primeira sinfonia que Beethoven prescinde de uma introdução, entrando diretamente no primeiro movimento com vigorosos acordes de toda a orquestra, iniciando com o tema nos violoncelos e baixos que foi tirado da ópera Bastien et Bastienne de Mozart, acompanhado pelos segundos violinos e pelas violas. Em seguida ouve-se um segundo tema no oboé, formado por apenas três notas que se difunde por diversos instrumentos da orquestra, culminando num novo motivo harmônico. Na seqüência ouve-se um longo desenvolvimento, o maior que Beethoven já escreveu até aquele momento, com uma variedade de idéias e uma riqueza pouco vista para a época, destacando a seqüência em estilo fugato, acordes sincopados com dissonâncias repetidas, Beethoven ignorou o segundo tema da exposição, mas inserindo novas outras idéias secundárias, entre outras características. Concluindo o movimento há uma longa Coda onde surge novamente o tema inicial do movimento, finalizando num grande tutti.
O segundo movimento, caracteriza-se por ser uma marcha fúnebre, que segundo o próprio Beethoven quando da morte de Napoleão em 1821 exclamou: “já faz 17 anos que escrevi sua oração fúnebre”. O primeiro tema tem um caráter dolorosa e amargo, exposto pelo primeiros violinos na corda grave, logo retomado pelo oboé. Surge logo um segundo tema igualmente apresentado pelos primeiros violinos numa alternância de piano e forte. Na Coda final ouvimos os dois temas, concluindo com o primeiro tema, expirando num acorde de fermata final.
O terceiro movimento, um Scherzo, apresenta-se numa precipitação das cordas em pianíssimo e staccato em contrastes. O oboé apresenta logo o primeiro tema, seguindo-se um segundo tema que é apresentado pelas flautas e pelos violinos, antes da reexposição do primeiro tema. O trio é caracterizado por uma fanfarra que se repete duas vezes concluindo com uma longa fermata em decrescendo. Após a repetição, surge uma pequena Coda que termina com toda a orquestra.O último movimento inicia-se com grande ímpeto pelas cordas conduzindo toda a orquestra para uma fermata. O primeiro tema é apresentado em pizzicato pelas cordas, e depois em diálogo entre as cordas e os instrumentos de sopro de madeira, passando à forma de variação em estilo fugato levando ao desenvolvimento que culmina com uma fermata seguida de um silencia, de forma idêntica ao que foi utilizada no início do movimento. Há uma mudança de movimento, indicada na partitura como poco andante, cuja idéia melódica principal aparece de forma serena nas madeiras e depois nas cordas, dando lugar subitamente a um Presto em fortíssimo, que surge como a última varia e Coda onde se ouve o tema inicial concluindo com toda a orquestra em uma sucessão de acordes.
Napoleão era visto como um defensor da liberdade por Beethoven e como uma ameaça por muitos outros, nomeadamente os ingleses, apostados em por termo às invasões francesas. Foi a época em que Lord Nelson brilhou. Beethoven, como cidadão preocupado com o mundo à sua volta, comprou com todas as forças os ideais de justiça, fraternidade e igualdade pregados pela Revolução Francesa. Ele próprio considerava a liberdade um bem supremo, um dos maiores tesouros de um homem, e ficou muito admirado ao verificar estes ideais personificados em Napoleão. A 18 de maio 1804 Napoleão se proclamou rei de França, com uma ambição bem maior do que isso; os países Ibéricos, a Itália e a Alemanha, nomeadamente, deveriam prestar a devida vassalagem. Quando Beethoven recebeu a notícia de que Napoleão havia se auto-coroado, tornando-se Imperador, imediatamente Beethoven rasgou a dedicatória, considerando-o ambicioso, traidor dos princípios pela qual havia jurado, e em seu lugar escreveu “À Memória de um Grande Homem” e deu-lhe um novo título “Sinfonia Heróica” e dedicando-a definitivamente ao príncipe Lobkowitz (1772-1816), famoso patrono das artes e seu admirador incondicional.
A sinfonia foi publicada em 1830 pela editora Simrock com seguinte título em italiano: ”Sinfonia Eroica composta per festeggiare il sovvnire di um drand’Uomo, e dedicata a Sua Altezza Sereníssima il Príncipe di Lobkowitz, da Luigi van Beethoven. Op. 55. No. III delle Sinfonie”.
Começou a ser escrita em 1802 durante sua estada em Heiligenstadt, concluindo-a em 1804, tendo sua estréia não oficial, de forma particular em agosto de 1804 para o príncipe Lobkowitz, que ficou de tal maneira encantado com a obra que não permitiu que fosse executada fora dos concertos palacianos. A primeira audição em Viena também foi privada realizada na residência de um banqueiro a 7 de abril de 1805, só depois passando tendo a primeira apresentação pública no dia 07 de abril de 1805 no Theater an der Wien sob sua regência.
Não devemos nos esquecer que, pouco antes, Beethoven havia enfrentado o seu maior desafio de um músico: perceber o sentido que deveria ser para ele, a audição, falhar até o diagnóstico da eminente surdez. Vencida esta etapa, Beethoven desfrutou da sensação de liberdade musical e espiritual; nada o prendia mais às regras, ele as dominava todas. Assim, a Eróica é um marco de revolução formal: sem introdução lenta, o tema é impelido a começar depois de dois fortes e decididos acordes; expandiu a forma, substituiu definitivamente o Minueto pelo Scherzo, aumentou a orquestra e, pela primeira vez no gênero sinfônico, uma impressão de sentimentos extra-musicais era notadamente colocada em prática, principalmente no segundo movimento, a Marcia Funebre.
È a primeira sinfonia que Beethoven prescinde de uma introdução, entrando diretamente no primeiro movimento com vigorosos acordes de toda a orquestra, iniciando com o tema nos violoncelos e baixos que foi tirado da ópera Bastien et Bastienne de Mozart, acompanhado pelos segundos violinos e pelas violas. Em seguida ouve-se um segundo tema no oboé, formado por apenas três notas que se difunde por diversos instrumentos da orquestra, culminando num novo motivo harmônico. Na seqüência ouve-se um longo desenvolvimento, o maior que Beethoven já escreveu até aquele momento, com uma variedade de idéias e uma riqueza pouco vista para a época, destacando a seqüência em estilo fugato, acordes sincopados com dissonâncias repetidas, Beethoven ignorou o segundo tema da exposição, mas inserindo novas outras idéias secundárias, entre outras características. Concluindo o movimento há uma longa Coda onde surge novamente o tema inicial do movimento, finalizando num grande tutti.
O segundo movimento, caracteriza-se por ser uma marcha fúnebre, que segundo o próprio Beethoven quando da morte de Napoleão em 1821 exclamou: “já faz 17 anos que escrevi sua oração fúnebre”. O primeiro tema tem um caráter dolorosa e amargo, exposto pelo primeiros violinos na corda grave, logo retomado pelo oboé. Surge logo um segundo tema igualmente apresentado pelos primeiros violinos numa alternância de piano e forte. Na Coda final ouvimos os dois temas, concluindo com o primeiro tema, expirando num acorde de fermata final.
O terceiro movimento, um Scherzo, apresenta-se numa precipitação das cordas em pianíssimo e staccato em contrastes. O oboé apresenta logo o primeiro tema, seguindo-se um segundo tema que é apresentado pelas flautas e pelos violinos, antes da reexposição do primeiro tema. O trio é caracterizado por uma fanfarra que se repete duas vezes concluindo com uma longa fermata em decrescendo. Após a repetição, surge uma pequena Coda que termina com toda a orquestra.O último movimento inicia-se com grande ímpeto pelas cordas conduzindo toda a orquestra para uma fermata. O primeiro tema é apresentado em pizzicato pelas cordas, e depois em diálogo entre as cordas e os instrumentos de sopro de madeira, passando à forma de variação em estilo fugato levando ao desenvolvimento que culmina com uma fermata seguida de um silencia, de forma idêntica ao que foi utilizada no início do movimento. Há uma mudança de movimento, indicada na partitura como poco andante, cuja idéia melódica principal aparece de forma serena nas madeiras e depois nas cordas, dando lugar subitamente a um Presto em fortíssimo, que surge como a última varia e Coda onde se ouve o tema inicial concluindo com toda a orquestra em uma sucessão de acordes.
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