quarta-feira, 9 de maio de 2007

BERNSTEIN, Leonard - Serenade para violino solo, orquestra de cordas, Harpa e Percussão

Foi escrita em 1954 comissionada pela The Koussevitzky Foundation, a partir de texto de Platão “Symposium”.
Está dividida em cinco movimentos: I. Phaedrus: Pausanias; II. Aristophanes; III. Eryximachus; IV. Agathon e V. Socrates: Alcibiades
A música descreve vários retratos musicais dos convidados de um banquete, um diálogo entre Socrates e seus seguidores a respeito da natureza do amor, escrito por Platão em seu symposium. Em seus seis movimentos, o amor é descrito por vários filósofos como cômico, etéreo, puramente científico, possessivo e todo-poderoso. Longe de uma discussão do stolid, este debate é atado com abundância ao vinho e começa completamente fora de controle e o divertimento teve de tudo. Esta obra contrasta diversos estilos composicionais.
Bernstein mostra aqui sua versatilidade, sem pretensões e nesta obra revela sua experiência estilística e sua visão eclética. De fato é um concerto para violino em tudo, com cinco movimentos, com exceção do nome - Serenade.
O primeiro movimento – Phaedrus: Pausanias - inicia com um solo de violino sem acompanhamento da orquestra e quando esta surge inicia apresenta o motivo ouvido no início do solo. Já o segundo movimento – Aristophanes – destaca a graciosidade e a leveza dos temas apresentados pelo violino solo, que é discretamente acompanhado, mantendo sempre um equilíbrio sonoro entre o solo e o acompanhamento. O terceiro movimento – Eryximachus – explode com uma seqüência rítmica formada por três notas. Um movimento de curtas proporções mas de grande excitação em diálogo com a orquestra e o instrumento solo. No Agathon, o quarto movimento, a orquestração e a intensidade da orquestra são inteiramente controladas. No ponto alto deste movimento, ouve-se um grande tutti de onde rompe o solo de violino em uma cadenza. No último movimento – Sócrates: Alcibiades - a partitura apresenta-se como conjunto orquestral as cordas, harpa e um considerável conjunto de instrumentos de percussão, além do solo de violino. O movimento inicia com as cordas e um sino num fortíssimo. Ao final da primeira parte a orquestra vai silenciando fazendo ouvir o solo do violino em um franco diálogo com um violoncelo solo. Esta parte culmina num Adágio que é apresentado por três solistas nas violas e o mesmo número de solistas nos violoncelos, que ao final desta seção dão apoio harmônico ao final do violino solo. No Allegro molto vivace, uma das partes mais longas deste movimento e da Serenade, a orquestra utiliza-se de todos os matizes, ritmos e cores para acompanhar o violino solo.
Na seções rápidas há uma grande influencia da música jazzística e em toda a obra há uma pluralidade rítmica que muito faz lembrar a obra de Stravinsky.

Nenhum comentário:

Postar um comentário