PEDRO E O LOBO
Sergei Prokofiev nasceu na Ucrânia a 23 de Abril de 1891, na localidade de Somsovka. Iniciou seus estudos de música com a mãe, e compôs a sua primeira obra, uma pequena peça para piano, com a idade de 5 anos.
Em 1904 ingressou no Conservatório de S. Petersburgo, onde estudou até 1914, tendo como professores alguns dos mais proeminentes mestres russos da época. No último ano do Conservatório, é-lhe atribuído o prémio Rubinstein, a mais alta distinção concedida a um jovem pianista e compositor, tendo efetuado diversos concertos com obras suas que nem sempre foram acolhidos da melhor maneira pela crítica.
Em 1918 abandona a União Soviétca, onde o clima de agitação política e social não é propício à sua atividade. Vai para os Estados Unidos da América, onde permanece até 1922, e fixa depois residência em Paris até 1036. Apesar de tudo visita a União Soviética em 1927. Aqui durante 3 meses realiza vários concertos apresentando suas obras. Ao voltar para Paris, são-lhe enviados convites oficiais para regressar à URSS, e desenvolver aí a sua atividade
Em 1936 regressa definitivamente a Moscou, onde por instâncias oficiais lhe são encomendadas várias obras, entre elas, uma composição para ser utilizado em espectáculos para crianças. Numa semana Prokofiev compõe Pedro e o Lobo - Conto musical para crianças.
Sergei Prokofiev nasceu na Ucrânia a 23 de Abril de 1891, na localidade de Somsovka. Iniciou seus estudos de música com a mãe, e compôs a sua primeira obra, uma pequena peça para piano, com a idade de 5 anos.
Em 1904 ingressou no Conservatório de S. Petersburgo, onde estudou até 1914, tendo como professores alguns dos mais proeminentes mestres russos da época. No último ano do Conservatório, é-lhe atribuído o prémio Rubinstein, a mais alta distinção concedida a um jovem pianista e compositor, tendo efetuado diversos concertos com obras suas que nem sempre foram acolhidos da melhor maneira pela crítica.
Em 1918 abandona a União Soviétca, onde o clima de agitação política e social não é propício à sua atividade. Vai para os Estados Unidos da América, onde permanece até 1922, e fixa depois residência em Paris até 1036. Apesar de tudo visita a União Soviética em 1927. Aqui durante 3 meses realiza vários concertos apresentando suas obras. Ao voltar para Paris, são-lhe enviados convites oficiais para regressar à URSS, e desenvolver aí a sua atividade
Em 1936 regressa definitivamente a Moscou, onde por instâncias oficiais lhe são encomendadas várias obras, entre elas, uma composição para ser utilizado em espectáculos para crianças. Numa semana Prokofiev compõe Pedro e o Lobo - Conto musical para crianças.
Estreou a 2 de Maio de 1936 pela Filarmónica de Moscou, sob a batuta do autor. Ficou assim uma obra de destaque para o repertório de Prokofiev, que proporciona uma ligação notável às crianças.
O sentido do palco e do espectáculo é uma característica das obras de Prokofiev. Daí que nem mesmo uma história destinada originalmente a crianças se tenha coibido de provocar um leve sabor a drama, à medida da sensibilidade infantil, ao deixar por resolver a situação desconfortável do pobre pato que continua vivo mas na barriga do lobo.
"O que terá acontecido depois?" parece ser a pergunta que o próprio autor deixa no final, e propositadamente remete a resolução desta situação dramática para a imaginação dos seus pequenos ouvintes.
O sentido do palco e do espectáculo é uma característica das obras de Prokofiev. Daí que nem mesmo uma história destinada originalmente a crianças se tenha coibido de provocar um leve sabor a drama, à medida da sensibilidade infantil, ao deixar por resolver a situação desconfortável do pobre pato que continua vivo mas na barriga do lobo.
"O que terá acontecido depois?" parece ser a pergunta que o próprio autor deixa no final, e propositadamente remete a resolução desta situação dramática para a imaginação dos seus pequenos ouvintes.
Portanto "Pedro e o lobo" é uma história infantil contada através da música. Foi composta em 1936, com o objetivo pedagógico de mostrar às crianças as sonoridades dos diversos instrumentos.
Cada personagem da história (Pedro, lobo, avô, pássaro, pato, gato e os caçadores) é representada por um instrumento diferente ou conjunto de instrumentos:
PEDRO - instrumentos de cordas
LOBO - trompas
AVÔ - fagote
PÁSSARO - flauta
PATO - oboé
GATO - clarinete
CAÇADORES - tímpanos
Veja o sites:
http://www.pedroeolobo.com.br/ - precisa se cadastrar para assistir
http://pedroeolobo.no.sapo.pt/ - que possui desenhos contando a história e au mesmo tempo mostrao som dosinstrumentos.
NARRAÇÃO
- Esta é a história de Pedro e o Lobo. Um conto musical para crianças.
- Pedro... (cordas)
- O avô... (fagote)
- O passarinho... (flauta)
- O pato... (oboé)
- O gato... (clarinete)
- Os caçadores... (cordas e oboé)
- Os tiros de fuzil... (tímpano)
- O lobo... (trompa)
- A agora escutem bem: certa manhã de sol. Pedro abriu o portão do jardim e foi dar um passeio pela campina toda em flor... (cordas)
- No alto de um galho muito alto, pousava o passarinho alegremente... (flauta e orquestra)
- Logo surgiu um pato, rebolando todo, fugia pelo portão, que Pedro esqueceu aberto, e ao perceber uma poça d'água no meio do campo, decidiu, já e já dar um mergulho... (oboé e cordas)
- Avistando o pato lá embaixo, o passarinho desceu de seu galho, pousou na relva perto dele e perguntou muito desdenhoso: "que espécie de pássaro é você que não sabe voar?" No que respondeu de pronto o pato: "e que espécie de pássaro é que não sabe nem sequer nadar?" E sem dizer água vai, atirou-se na água da poça...(flauta, oboé e cordas)
- Ai que discussão interminável travaram os dois, o pato nadando na poça, o passarinho saltitando pra cá e pra lá. De repente, um ruído chamou a atenção de Pedro, era um gato, arrastando-se pela relva... (clarinete)
- Pensava o gato: "lá está o passarinho, distraído, discutindo, dou um salto e como ele!" ... e furtivamente deslizava sobre suas patas de veludo... (clarinete)
- "Cuidado", grita o Pedro. E já o passarinho voava de volta para o galho... enquanto o pato de dentro d'água grasnava desaforos na direção do gato: "quá, quá, quá"... (clarinete)
- O gato rondava a árvore e meditava: "subo ou não subo até aquele galho tão alto? Quando chegar lá em cima, na certa o passarinho já voou". Nisto surge o avô e não pouco zangado: "então sr. Pedro, sai assim para o campo afora sem pedir licença, não vê que é perigoso, se aparecer um lobo para comer você, Hum? O que é que você faz?" (fagote e cordas)
- Mas Pedro nem te ligo. Então um menino como Pedro vai ter medo de lobo? (cordas)
- Mas o avô pegou Pedro pela mão, levou-o para dentro e trancou bem trancado o portão do jardim... (fagote e cordas)
- Bastou que entrassem, para surgir da floresta um grande lobo, cinzento e mau... (trompa)
- Num abrir e fechar de olhos, o gato subiu na árvore... (clarinete)
- O pato de tão nervoso, pulou da água pro meio da relva e começou a correr... (oboé e cordas)
- Mas não adiantava, porque o lobo corria mais. Foi se aproximando cada vez mais perto, cada vez mais, até que nhaqte... Lá se foi o pato, engolido de um gole... (trompa e oboé)
- E portanto as coisas ficaram no seguinte pé: de um lado o gato, encarapinhado num galho... (clarinete)
- Do outro, o passarinho... (flauta)
- E a uma boa distância do gato, naturalmente... (clarinete e flauta)
- Enquanto o lobo rosnava e dava voltas espreitando os dois, com olhos esfaimados... (trompa)
- Enquanto isso, expiando por uma fresta do muro, Pedro observava, sem sentir o menor medo... (cordas)
- Correu para dentro de casa, apanhou uma corda bem forte, voltou e trepou no muro. Um galho da árvore que o lobo rondava, estendia-se até ao muro. Pedro segurou no galho e pulou para a árvore sem dificuldades. Pedro disse então para o passarinho: "agora você desce e fica volteando ao redor da cabeça do lobo, mas tenha cuidado para que ele não te pegue"... (flauta e cordas)
- O passarinho, só faltava mesmo pousar no nariz do lobo, que girava furioso sobre si mesmo e dava dentadas no vazio... (trompa e flauta)
- Ai que o passarinho aperriava o lobo, e que o lobo não daria para por-lhes os dentes em cima, mas o passarinho era mais esperto e o lobo se atirava sem proveito. Enquanto isso, Pedro, aprontou um laço e baixou-o com todo o cuidado... (cordas)
- Em seguida, envolveu o rabo do lobo e zaz, puxou com toda a força... (metais)
- O lobo sentindo-se agarrado, começou a pinotear desesperadamente para ver se, se soltava... (metais)
- Mas Pedro, amarrou no galho a outra ponta da corda. Quanto mais saltava o lobo, mais a corda lhe apertava o rabo. Foi então... que um grupo de caçadores começou a sair da floresta, vindo na pista do lobo, e davam alguns tiros de vez em quando... (marcha dos caçadores)
- Mas Pedro lá do alto do galho começou a gritar: "por favor não atirem, não atirem! O passarinho e eu já prendemos o lobo. Ajudem-nos a levar para o jardim zoológico... (cordas e flauta)
- E agora... procurem imaginar uma formidável marcha triunfal. Pedro na frente, encabeçando o cortejo... (marcha)
- Atrás dele, os caçadores, arrastando o lobo. E por fim, o avô, seguido do gato. Vovô meneava a cabeça, dizendo descontente: "hum, se esse Pedro não agarrasse o lobo, já pensaram?"... (marcha)
- Por cima deles voava o passarinho contando satisfeito: "como somos valentes, Pedro e eu; vejam só quem a gente agarrou, vejam só... (flauta e orquestra)
- Se prestarem bem atenção, ouvirão um grasnar: "quá, quá, quá" que vem de dentro da barriga do lobo. É que o lobo de tão esganado engoliu o danado do pato vivo... (fim)
- Esta é a história de Pedro e o Lobo. Um conto musical para crianças.
- Pedro... (cordas)
- O avô... (fagote)
- O passarinho... (flauta)
- O pato... (oboé)
- O gato... (clarinete)
- Os caçadores... (cordas e oboé)
- Os tiros de fuzil... (tímpano)
- O lobo... (trompa)
- A agora escutem bem: certa manhã de sol. Pedro abriu o portão do jardim e foi dar um passeio pela campina toda em flor... (cordas)
- No alto de um galho muito alto, pousava o passarinho alegremente... (flauta e orquestra)
- Logo surgiu um pato, rebolando todo, fugia pelo portão, que Pedro esqueceu aberto, e ao perceber uma poça d'água no meio do campo, decidiu, já e já dar um mergulho... (oboé e cordas)
- Avistando o pato lá embaixo, o passarinho desceu de seu galho, pousou na relva perto dele e perguntou muito desdenhoso: "que espécie de pássaro é você que não sabe voar?" No que respondeu de pronto o pato: "e que espécie de pássaro é que não sabe nem sequer nadar?" E sem dizer água vai, atirou-se na água da poça...(flauta, oboé e cordas)
- Ai que discussão interminável travaram os dois, o pato nadando na poça, o passarinho saltitando pra cá e pra lá. De repente, um ruído chamou a atenção de Pedro, era um gato, arrastando-se pela relva... (clarinete)
- Pensava o gato: "lá está o passarinho, distraído, discutindo, dou um salto e como ele!" ... e furtivamente deslizava sobre suas patas de veludo... (clarinete)
- "Cuidado", grita o Pedro. E já o passarinho voava de volta para o galho... enquanto o pato de dentro d'água grasnava desaforos na direção do gato: "quá, quá, quá"... (clarinete)
- O gato rondava a árvore e meditava: "subo ou não subo até aquele galho tão alto? Quando chegar lá em cima, na certa o passarinho já voou". Nisto surge o avô e não pouco zangado: "então sr. Pedro, sai assim para o campo afora sem pedir licença, não vê que é perigoso, se aparecer um lobo para comer você, Hum? O que é que você faz?" (fagote e cordas)
- Mas Pedro nem te ligo. Então um menino como Pedro vai ter medo de lobo? (cordas)
- Mas o avô pegou Pedro pela mão, levou-o para dentro e trancou bem trancado o portão do jardim... (fagote e cordas)
- Bastou que entrassem, para surgir da floresta um grande lobo, cinzento e mau... (trompa)
- Num abrir e fechar de olhos, o gato subiu na árvore... (clarinete)
- O pato de tão nervoso, pulou da água pro meio da relva e começou a correr... (oboé e cordas)
- Mas não adiantava, porque o lobo corria mais. Foi se aproximando cada vez mais perto, cada vez mais, até que nhaqte... Lá se foi o pato, engolido de um gole... (trompa e oboé)
- E portanto as coisas ficaram no seguinte pé: de um lado o gato, encarapinhado num galho... (clarinete)
- Do outro, o passarinho... (flauta)
- E a uma boa distância do gato, naturalmente... (clarinete e flauta)
- Enquanto o lobo rosnava e dava voltas espreitando os dois, com olhos esfaimados... (trompa)
- Enquanto isso, expiando por uma fresta do muro, Pedro observava, sem sentir o menor medo... (cordas)
- Correu para dentro de casa, apanhou uma corda bem forte, voltou e trepou no muro. Um galho da árvore que o lobo rondava, estendia-se até ao muro. Pedro segurou no galho e pulou para a árvore sem dificuldades. Pedro disse então para o passarinho: "agora você desce e fica volteando ao redor da cabeça do lobo, mas tenha cuidado para que ele não te pegue"... (flauta e cordas)
- O passarinho, só faltava mesmo pousar no nariz do lobo, que girava furioso sobre si mesmo e dava dentadas no vazio... (trompa e flauta)
- Ai que o passarinho aperriava o lobo, e que o lobo não daria para por-lhes os dentes em cima, mas o passarinho era mais esperto e o lobo se atirava sem proveito. Enquanto isso, Pedro, aprontou um laço e baixou-o com todo o cuidado... (cordas)
- Em seguida, envolveu o rabo do lobo e zaz, puxou com toda a força... (metais)
- O lobo sentindo-se agarrado, começou a pinotear desesperadamente para ver se, se soltava... (metais)
- Mas Pedro, amarrou no galho a outra ponta da corda. Quanto mais saltava o lobo, mais a corda lhe apertava o rabo. Foi então... que um grupo de caçadores começou a sair da floresta, vindo na pista do lobo, e davam alguns tiros de vez em quando... (marcha dos caçadores)
- Mas Pedro lá do alto do galho começou a gritar: "por favor não atirem, não atirem! O passarinho e eu já prendemos o lobo. Ajudem-nos a levar para o jardim zoológico... (cordas e flauta)
- E agora... procurem imaginar uma formidável marcha triunfal. Pedro na frente, encabeçando o cortejo... (marcha)
- Atrás dele, os caçadores, arrastando o lobo. E por fim, o avô, seguido do gato. Vovô meneava a cabeça, dizendo descontente: "hum, se esse Pedro não agarrasse o lobo, já pensaram?"... (marcha)
- Por cima deles voava o passarinho contando satisfeito: "como somos valentes, Pedro e eu; vejam só quem a gente agarrou, vejam só... (flauta e orquestra)
- Se prestarem bem atenção, ouvirão um grasnar: "quá, quá, quá" que vem de dentro da barriga do lobo. É que o lobo de tão esganado engoliu o danado do pato vivo... (fim)
VI O FILME DE PEDRO E O LOBO NA AULA DE MUSICA E GOSTEI MUITO O COMPOSITOR ESTA DE PARABENS
ResponderExcluirAi, que saudades dessa história. Eu tenho na casa da minha vó uma fita com uma narração bem melhor que essas disponíveis por aí, hoje em dia. ;) Ouvi muito isso quando menor.
ResponderExcluirObrigado por este post ao Prokofiev. Estou baixando mais coisas dele agora. =)
Aliás... sabe algo sobre "Romeo & Juliet", também de sua obra?
abraço!
Alexandre.
Boa tarde.
ResponderExcluirQuando criança, meu pai comprou um LP onde Roberto Carlos narrava essa estória.
Tenho boas recordações e hoje, de repente, me veio à mente: "Que vontade de ouvir Pedro e o Lobo!"
Saí procurando no Google e encontrei seu blog.
Abraços,
Nena Costa
Adoro essa historia e suausicca
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