O Concerto de Aranjuez representa, na verdade, a vitória do espírito sobre o corpo. Interpretado pela primeira vez em 1940, em Madrid, pelo violonista Regino Sains de La Manza, o Concerto fora composto no ano anterior, após a Guerra Civil, quando Rodrigo retornara de Paris.
O título da obra confirma o apego do compositor às idéias de um nacionalismo espanhol, movimento que o aproximaria de Manuel de Falla. Aranjuez é uma cidade na Nova Castela, ao sul de Madrid, conhecida pela imponência de seu castelo, erguido no século XVIII.
A obra, repleta de temas populares da Andaluzia, surpreendeu em sua estréia. Ninguém jamais ousara colocar um violão como instrumento solista, diante de uma orquestra. Uma das maiores dificuldades na execução resulta do fato de o mesmo ter sido escrito ao piano. As escalas crescendo e decrescendo, as mudanças de tonalidade, os raqueados, as modulações e a cadência que exige, obrigam o intérprete a um virtuosismo sem igual.
Quando Rodrigo voltou da França por ter perdido sua bolsa de estudos com a eclosão da Guerra Civil Espanhola, voltou a seu país com o fim da guerra, em 1939, levando na bagagem o manuscrito do Concerto de Aranjuez. A obra, segundo o próprio compositor uma visita "aos tempos passados, à beleza dos jardins de Aranjuez, suas fontes, árvores e pássaros", representou um dos grandes impulsos que levaram o violão, freqüentemente considerado um instrumento "folclórico", de volta à cena musical.
Embora avisando que não se tratava de música programática, Rodrigo tentou inspirar os intérpretes do Concerto: "Eu queria indicar uma época específica, o final do século 18 e o início do 19, as cortes de Carlos IV e Fernando VII, uma atmosfera de majas, toureiros, e sons espanhóis regressos da América."
O Concerto teve até hoje mais de 50 gravações - e, curiosamente, a mais vendida é aquela do violonista flamenco Paco de Lucía. Foi mais ouvido que o popularíssimo Amor Brujo, de Manuel de Falla. No ano de 1998, ficou atrás apenas de "Maria", do cantor pop Rick Martin, e do mega-sucesso "Macarena" nas paradas espanholas. E foi até levado para a Lua, em 1969, para inspirar o astronauta americano Neil Armstrong.
O primeiro movimento, allegro con spirito, é todo composto sobre um fandango. Em vez do tutti inicial da orquestra, o que se ouve são as cordas em rasqueado, juntamente com os baixos em pianíssimos, que introduzem o tema para o violão. Ao longo do movimento na forma sonata, a orquestra é clara e colorida, com o violão contrastando continuamente com os ricos timbres de outros instrumentos solo - violoncelo, clarinete, oboé e flauta.
O segundo movimento é o mais conhecido. O adagio é lírico, cheio de temas populares, baseados nas melodias cantadas na Semana Santa. Ouve-se um belo diálogo entre o corne inglês e o violão, chegando ao final com uma longa cadência e a orquestra atacando em cheio.
O concerto encerra em allegro gentile, explorando um único tema, estabelecido primeiro pelo violão e que é repetido várias vezes com orquestração e tonalidades variadas. Confuso, o Concerto termina mesmo romântico, em pianíssimo.
O título da obra confirma o apego do compositor às idéias de um nacionalismo espanhol, movimento que o aproximaria de Manuel de Falla. Aranjuez é uma cidade na Nova Castela, ao sul de Madrid, conhecida pela imponência de seu castelo, erguido no século XVIII.
A obra, repleta de temas populares da Andaluzia, surpreendeu em sua estréia. Ninguém jamais ousara colocar um violão como instrumento solista, diante de uma orquestra. Uma das maiores dificuldades na execução resulta do fato de o mesmo ter sido escrito ao piano. As escalas crescendo e decrescendo, as mudanças de tonalidade, os raqueados, as modulações e a cadência que exige, obrigam o intérprete a um virtuosismo sem igual.
Quando Rodrigo voltou da França por ter perdido sua bolsa de estudos com a eclosão da Guerra Civil Espanhola, voltou a seu país com o fim da guerra, em 1939, levando na bagagem o manuscrito do Concerto de Aranjuez. A obra, segundo o próprio compositor uma visita "aos tempos passados, à beleza dos jardins de Aranjuez, suas fontes, árvores e pássaros", representou um dos grandes impulsos que levaram o violão, freqüentemente considerado um instrumento "folclórico", de volta à cena musical.
Embora avisando que não se tratava de música programática, Rodrigo tentou inspirar os intérpretes do Concerto: "Eu queria indicar uma época específica, o final do século 18 e o início do 19, as cortes de Carlos IV e Fernando VII, uma atmosfera de majas, toureiros, e sons espanhóis regressos da América."
O Concerto teve até hoje mais de 50 gravações - e, curiosamente, a mais vendida é aquela do violonista flamenco Paco de Lucía. Foi mais ouvido que o popularíssimo Amor Brujo, de Manuel de Falla. No ano de 1998, ficou atrás apenas de "Maria", do cantor pop Rick Martin, e do mega-sucesso "Macarena" nas paradas espanholas. E foi até levado para a Lua, em 1969, para inspirar o astronauta americano Neil Armstrong.
O primeiro movimento, allegro con spirito, é todo composto sobre um fandango. Em vez do tutti inicial da orquestra, o que se ouve são as cordas em rasqueado, juntamente com os baixos em pianíssimos, que introduzem o tema para o violão. Ao longo do movimento na forma sonata, a orquestra é clara e colorida, com o violão contrastando continuamente com os ricos timbres de outros instrumentos solo - violoncelo, clarinete, oboé e flauta.
O segundo movimento é o mais conhecido. O adagio é lírico, cheio de temas populares, baseados nas melodias cantadas na Semana Santa. Ouve-se um belo diálogo entre o corne inglês e o violão, chegando ao final com uma longa cadência e a orquestra atacando em cheio.
O concerto encerra em allegro gentile, explorando um único tema, estabelecido primeiro pelo violão e que é repetido várias vezes com orquestração e tonalidades variadas. Confuso, o Concerto termina mesmo romântico, em pianíssimo.
Encantada com a sua descrição da música, no 2o. movimento. Coloquei aspas e vou acrescentá-la numa enquete que farei de interpretações diferentes no blo da Estação das Letras www.estacaodasletras.blogspot.com
ResponderExcluirAgradeço pela colaboração involuntária, e apareça também para para uma visita.
Um abraço,
Mônica Leite Costa
Fico Grato por essa introdução ao Concerto de Aranjuez,pois essas informações possibilita um audição mais atenta aos detalhes dessa obra para violão e orquestra.Muito Obrigado!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirVocê presta um serviço de utilidade pública no que se refere à música, sabia? Estarei sempre por aqui. Um abraço. Visite-me também!
ResponderExcluir