Numa espécie de paráfrase do vento, a obra começa com um longo solo de flauta a partir de idéias originadas numa obra anterior, a música para o filme de Frederico Füllgraff, "Fogo sobre Cristal: Um Diário Antártico". No filme, a natureza é representada pelos sons da flauta e da clarineta, que representa o anoitecer, as cores do ocaso. Nas cordas, a presença humana é marcada. Num processo de grande expansão, o Concerto no.2 para Flauta e Orquestra integra de maneira onírica um universo sonoro onde homem/natureza numa relação sempre conflituosa, buscam respostas para uma coexistência possível. Não se trata de música descritiva, mas de uma experiência sonora atemporal que dialoga com várias sensações e elementos externos. Harry Crowl.
Nenhum comentário:
Postar um comentário