Estreado em 19 de março de 1896 em Londres pelo violoncelista Leo Stern, sob a regência do próprio Dvorak, o Concerto para Violoncelo e Orquestra só perde em popularidade para a Sinfonia n° 9, “Do Novo Mundo”, e as Danças Eslavas.
Conhecido como a última obra americana de Dvorak, este Concerto deveria ser executado na estréia pelo violoncelista Hammus Wihan, contudo, um mal entendido entre este e Dvorak - que recusou-se a incorporar à partitura a cadência que Wihan havia composto para o finale - acabou mudando os planos do compositor.
Allegro - O primeiro tema, célebre, é exposto já no primeiro compasso pela clarineta, inspirado no segundo movimento da Sinfonia n° 4 de Brahms. Contudo, só quando este é repetido por toda a orquestra é que alcança sua plena dimensão.
O segundo tema, na trompa em pianíssimo, é um canto de velado mistério. Todo o movimento se divide entre o ímpeto e a alegria, o brilho e a intimidade. E o violoncelista, por sua vez, será alternadamente cantor ou virtuose. A instrumentação, muito sonora nos tutti, organiza também combinações de timbres isolados da orquestra com o violoncelo, principalmente na segunda parte do movimento. Aliás, esta instrumentação deixa clara a influência de Tchaikovsky na utilização preferencial dos sopros.
Adagio ma non troppo - um trio de madeiras (oboé, clarineta, fagote) evoca um tema entre o popular e o religioso, que é repetido pelo solista. Contudo, ao fervor do princípio, sucedem-se lamentos dolorosos. Esta dualidade de sentimentos atinge uma nova força no episódio em sol que se segue. Um tutti orquestral lança um novo tema, possante e dramático, respondido pelo solista e pelas madeiras. Há uma reexposição do episódio em si menor, com variantes. Volta o tema inicial com as trompas sobre o pizzicato das cordas. Por fim, este é transfigurado no violoncelo.
Allegro moderato - principia por um ritmo de marcha nas cordas graves. O tema principal é anunciado pelas trompas em staccato. Quando ressurge com o solista, em registro agudo, sua natureza rítmica se tempera em benefício dos contornos melódicos. Progressivamente, um segundo motivo é esboçado até desabrochar numa melodia agradável e dançante.
Este conduz a um novo episódio do finale, no qual o violoncelo executa figuras ornamentais graciosas entrecortadas de fragmentos de melodia enquanto um novo tema, simples e tranqüilo, passa para a clarineta. Este é o momento, em que o virtuosismo do solista é posto à prova.
Segue um tutti que desemboca numa repetição do segundo tema do movimento em stretto entre o violoncelo, a flauta e o oboé. Após uma curta repetição do tema principal, um terceiro episódio andante, em sol maior, parece recordar o segundo movimento. Uma modulação em si maior - tonalidade que se manterá até o final - marca a passagem para a última parte do finale, mais dinâmica. O tema principal ressoa agora como uma fanfarra de trompas. O início da coda, pianíssimo, faz ouvir repetidamente duas vezes o tema do primeiro movimento nas clarinetas. Um rápido crescendo conclui a obra num poderoso brilho orquestral.
Conhecido como a última obra americana de Dvorak, este Concerto deveria ser executado na estréia pelo violoncelista Hammus Wihan, contudo, um mal entendido entre este e Dvorak - que recusou-se a incorporar à partitura a cadência que Wihan havia composto para o finale - acabou mudando os planos do compositor.
Allegro - O primeiro tema, célebre, é exposto já no primeiro compasso pela clarineta, inspirado no segundo movimento da Sinfonia n° 4 de Brahms. Contudo, só quando este é repetido por toda a orquestra é que alcança sua plena dimensão.
O segundo tema, na trompa em pianíssimo, é um canto de velado mistério. Todo o movimento se divide entre o ímpeto e a alegria, o brilho e a intimidade. E o violoncelista, por sua vez, será alternadamente cantor ou virtuose. A instrumentação, muito sonora nos tutti, organiza também combinações de timbres isolados da orquestra com o violoncelo, principalmente na segunda parte do movimento. Aliás, esta instrumentação deixa clara a influência de Tchaikovsky na utilização preferencial dos sopros.
Adagio ma non troppo - um trio de madeiras (oboé, clarineta, fagote) evoca um tema entre o popular e o religioso, que é repetido pelo solista. Contudo, ao fervor do princípio, sucedem-se lamentos dolorosos. Esta dualidade de sentimentos atinge uma nova força no episódio em sol que se segue. Um tutti orquestral lança um novo tema, possante e dramático, respondido pelo solista e pelas madeiras. Há uma reexposição do episódio em si menor, com variantes. Volta o tema inicial com as trompas sobre o pizzicato das cordas. Por fim, este é transfigurado no violoncelo.
Allegro moderato - principia por um ritmo de marcha nas cordas graves. O tema principal é anunciado pelas trompas em staccato. Quando ressurge com o solista, em registro agudo, sua natureza rítmica se tempera em benefício dos contornos melódicos. Progressivamente, um segundo motivo é esboçado até desabrochar numa melodia agradável e dançante.
Este conduz a um novo episódio do finale, no qual o violoncelo executa figuras ornamentais graciosas entrecortadas de fragmentos de melodia enquanto um novo tema, simples e tranqüilo, passa para a clarineta. Este é o momento, em que o virtuosismo do solista é posto à prova.
Segue um tutti que desemboca numa repetição do segundo tema do movimento em stretto entre o violoncelo, a flauta e o oboé. Após uma curta repetição do tema principal, um terceiro episódio andante, em sol maior, parece recordar o segundo movimento. Uma modulação em si maior - tonalidade que se manterá até o final - marca a passagem para a última parte do finale, mais dinâmica. O tema principal ressoa agora como uma fanfarra de trompas. O início da coda, pianíssimo, faz ouvir repetidamente duas vezes o tema do primeiro movimento nas clarinetas. Um rápido crescendo conclui a obra num poderoso brilho orquestral.
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