A Grande Páscoa Russa é a terceira das peças de Korsakov para orquestra - depois do Capricho Espanhol e de Shéhérazade.
Executada em São Petersburgo a 3 de dezembro de 1888, sob sua própria regência, a peça evoca diversos temas de cantos religiosos do ofício da Páscoa, a partir do dogma cristão da Ressurreição de Cristo.
Em suas Crônicas de Minha Vida Musical, Korsakov fala sobre a obra:“A introdução bastante longa e lenta de A Grande Páscoa, sobre o tema "Deus ressuscitará", evocava para mim a profecia de Isaías sobre a ressurreição de Cristo. As cores sombrias do Andante Lugubre parecem representar o Santo Sepulcro iluminando-se no momento da Ressurreição. O começo do Allegro (Os que odeiam fugirão diante de sua face) fica bem, em harmonia com a alegria que caracteriza a cerimônia ortodoxa: a trombeta solene do Arcanjo alterna-se com o som alegre e quase dançante dos sinos, cortado ora pela leitura rápida do diácono, ora pelo canto do padre que lê no Livro Santo as Boas Novas. O tema "Cristo ressuscitou", que de certa forma constitui o tema secundário da obra, aparece entre o toque dos trompetes e o som dos sinos, formando igualmente uma coda solene. Assim reúnem-se na abertura as lembranças do profeta antigo do texto evangélico, e o aspecto da "alegria pagã" que caracteriza o ofício de Páscoa.”
Executada em São Petersburgo a 3 de dezembro de 1888, sob sua própria regência, a peça evoca diversos temas de cantos religiosos do ofício da Páscoa, a partir do dogma cristão da Ressurreição de Cristo.
Em suas Crônicas de Minha Vida Musical, Korsakov fala sobre a obra:“A introdução bastante longa e lenta de A Grande Páscoa, sobre o tema "Deus ressuscitará", evocava para mim a profecia de Isaías sobre a ressurreição de Cristo. As cores sombrias do Andante Lugubre parecem representar o Santo Sepulcro iluminando-se no momento da Ressurreição. O começo do Allegro (Os que odeiam fugirão diante de sua face) fica bem, em harmonia com a alegria que caracteriza a cerimônia ortodoxa: a trombeta solene do Arcanjo alterna-se com o som alegre e quase dançante dos sinos, cortado ora pela leitura rápida do diácono, ora pelo canto do padre que lê no Livro Santo as Boas Novas. O tema "Cristo ressuscitou", que de certa forma constitui o tema secundário da obra, aparece entre o toque dos trompetes e o som dos sinos, formando igualmente uma coda solene. Assim reúnem-se na abertura as lembranças do profeta antigo do texto evangélico, e o aspecto da "alegria pagã" que caracteriza o ofício de Páscoa.”
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