FRANK MARTIN (1890-1974)
Nasceu a 15 de setembro de 1890 em Genebra na Suíça e morreu em 21 de novembro de 1974 em Naarden nos Paises Baixos. Filho de um pastor, cresceu em um ambiente impregnado de cultura alemã, porém seu gosto pela música francesa manifestou-se desde cedo: até à idade de mais ou menos 50 anos sua obra apresentará traços desse conflito; pois a maturidade foi tardia nesse músico que não freqüentou nenhum conservatório, embora tenha estudado piano, harmonia e composição particularmente com Joseph Laubert, empreendeu igualmente estudos de física e de matemática, ensinou teoria rítmica e improvisação no Instituto Jaques-Dalcroze, assim como música de câmara no Conservatório de Genebra. Por outro lado, dedicou-se durante algum tempo à estrita composição serial, como é o caso de seu primeiro concerto para piano. Mas, a partir da década de 1940, definiu para si mesmo um estilo que representava a síntese dos elementos germânicos e latinos, preservando as conquistas fundamentais da tonalidade enriquecidas por uma exploração original e muito pessoal do sistema de 12 sons. É autor de 88 obras catalogadas e muitas obras-primas apareceram rapidamente, dando primazia à voz; o oratório profano "O Vinho com Ervas" - segundo o Tristão de Joseph Bédier, o ciclo de melodias "Der Cornet" segundo Rilke, os "Monólogos de Jedermann", segundo Hofmannsthal, o oratório religioso "Golgota" e "In Terra Pax", a ópera "Tempestade" segundo Schakespeare; assim como uma "Pequena Sinfonia Concertante" e uma das poucas partituras sinfônicas do compositor - mais tardia - "Os Quatro Elementos". Devo mencionar além disso o "Concerto para sete instrumentos de Sopro tímpanos e orquestra", um "Concerto para Violino", um "Concerto para Violoncello" e um "Segundo Concerto para Piano".Além destas obras escreveu 8 "Prelúdios"para piano, e "Balladas" com acompanhamento de orquestra para instrumentos como o Saxofone, Flauta, trombone, Violoncello e Piano.
Ouverture en hommage a Mozart
Esta obra foi escrita por encomenda da Rádio de Génève (Suíça), para uma transmissão internacional destinada ás comemorações do ano Mozart em dezembro de 1956. Foi apresentada em Génève em 10 de dezembro de 1956 sob a direção de Ernest Ansermet. Segundo o autor: “não há nenhum pastício de Mozart, mas de tentar exprimir em sua própria linguagem a admiração pelo mestre, onde o título: Abertura em homenagem a Mozart, que poderia ser segundo a tradição O túmulo de Mozart, expressões estas que trariam nela algo tão melancólico. Sem dúvida há alguma impossibilidade congenital num empreendimento de tal porte, e não me arriscaria a ser convidado a tal sorte obrigatória. Portanto, não tenho nenhuma pretensão, mas uma simples expressão de amor e admiração que não desaparecem com o passar dos anos”. Frank Martin
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