Concluída em 1942, Capriccio é a última ópera composta por Richard Strauss. E gira toda ela em torno de uma discussão sobre a própria ópera: o que deve predominar neste gênero? A palavra ou a música? Tudo acontece na casa de uma bela condessa, que é o ponto de convergência dos diversos fios da intriga. Na famosa cena final, o foco se concentra finalmente sobre ela. É uma das mais esplêndidas demonstrações do amor de Strauss pela voz de soprano, um hino à beleza da voz feminina, que termina por responder à pergunta que ficara em suspenso ao longo de toda a ópera. Mesmo assim, a condessa se olha no espelho, canta dois versos de um soneto e se dá conta de que é incapaz de fazer a escolha que daria uma conclusão à ópera. O mordomo resolve o problema, anunciando que a ceia está servida.
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