GIUSEPPE VERDI (1813 - 1901)
Verdi nasceu entre 9 e 11 de outubro (os dados não são claros) de 1813. Apesar de não ser um camponês, sua origem era extremamente modesta -seus pais eram donos de uma taberna em Roncole. Aprendiz do organista da vila, Verdi mostrou aptidão suficiente para prosseguir os estudos na cidade vizinha de Busseto. Sua educação foi garantida por um benfeitor paternal, Antonio Barezzi, um quitandeiro.
Barezzi ajudou Verdi a ir para Milão, onde sua matrícula no conservatório foi recusada, com a alegação de que ele já tinha 19 anos e era considerado velho demais e sem proficiência suficiente no teclado. Apesar desta recusa, Verdi estudou em particular, com um acompanhador musical do La Scala de Milão e o mentor viu que Verdi assistia à ópera com regularidade. Em 1836 Verdi casou-se com a filha de Barezzi, Margherita. Três anos mais tarde, em 1839, sua primeira ópera, Oberto, foi encenada no Teatro La Scala.
Em seguida, Verdi foi atingido pela tragédia. No início de abril de 1840, o filho pequeno de Verdi ficou doente e morreu, sendo seguido pela sua filha mais jovem, dois dias mais tarde. Em junho do mesmo ano, sua esposa Margherita teve um ataque de encefalite aguda e morreu, após um período curto de enfermidade. Toda a vida de Verdi foi destruída e ele retornou para Busseto. Os choques sucessivos levaram Verdi a considerar a idéia de abandonar a música.
Somente dois anos mais tarde, quando Verdi descobriu o libreto Nabucco, um conto do cerco aos hebreus durante os tempos bíblicos, seu interesse pela ópera retornou. Nabucco foi um grande sucesso e o retrato de opressão nele reproduzido, foi visto como uma declaração política sobre a Itália. O nome de Verdi tornou-se sinônimo do movimento de liberação e unificação da Itália e ele assumiu o crescimento constante de seu público com bastante seriedade. O sucesso de Nabucco estimulou Verdi, que continuou a compor algumas das mais importantes óperas da história, entre elas La Traviata, Rigoletto e Aida.
Apesar de ainda não estar no fim da carreira, Verdi retirou-se para Sant'Agata, sua propriedade agrícola, aos 58 anos de idade com sua segunda esposa, a famosa soprano Giuseppina Strepponi. Nos anos seguintes Verdi escreveu sua famosa Missa Requiem e um quarteto de cordas. Bem mais tarde, em 1887, aos 74 anos de idade, Verdi surpreendeu o mundo da ópera com Otello. Baseada na obra de Shakespeare, foi considerada por muitos especialistas como a maior realização da ópera italiana. Seis anos mais tarde, já com 80 anos, produziu outra obra de arte, novamente de Shakespeare, Falstaff, baseada nas Merry Wives de Windsor.
No inverno de 1901, sua esposa Giuseppina e muitos de seus amigos já haviam morrido e Verdi sofreu um derrame na suíte de seu hotel em Milão. Morreu aos 88 anos e, após um funeral simples como havia desejado, teve um funeral público de pompa e estilo normalmente reservados aos chefes de estado.
A fonte de inspiração: Le Roi s'amuse
Le Roi s'amuse, peça escrita por Victor Hugo, foi a base usada para Rigoletto. A peça trata de um governador desonroso, de uma aristocracia injusta e insensível e da injustiça social. Então, qual era o problema? Este é um assunto comum do teatro e do cinema contemporâneo, mas em 1830, atuações tão desrespeitosas à classe governante eram mal vistas e até mesmo condenadas.
Victor Hugo começou a escrever proficuamente durante o anos de 1830 e era considerado como um dos pais do romantismo francês. Acreditava que o drama e, de fato toda a arte, era capaz de tratar com o "feio" e com o "bonito". Ele então desejava mostrar um rei sem consciência, corrupto, egoísta e cruel; um grupo de cortesãos unidos pelo cinismo em um estado onde tudo era podre. Como personagem central, Victor Hugo escolheu um homem deformado, um homem que personifica a feiúra e a ódio. A única virtude do homem era seu amor pela filha, seu único prazer era levar o rei a mais boêmia e excessos vis.
Alguns minutos antes da cortina ser aberta no Le Roi, em 22 de novembro de 1832, espalhou-se a notícia em todo o teatro que Louis Phillipe, o governante da França havia sido assassinado. A notícia não era verdadeira; haviam atirado sem sucesso no rei. No entanto, esta notícia, aliada a alguns atores desajeitados e nervosos e a uma série de contratempos no palco, conseguiram desfazer a ilusão da peça. O povo vaiou.
William Archer, chamou Le Roi -"um pesadelo de peça". Como uma peça não é o que podemos apreciar hoje- os personagens são estáticos, impregnados em um período particular e seus eventos não são convincentes. Apesar disso, Verdi imortalizou a peça e é vista agora como a base de uma das óperas mais populares no repertório padrão.
A Itália à época da composição de Rigoletto
Corria o ano de 1848. Toda a Europa estava em reviravolta, seguindo o exemplo da França, num renovado apelo pela eliminação do governo monárquico. Paris havia derrubado o governo de Louis Phillipe e a França havia sido proclamada uma república. Viena e Berlim estavam em ascensão, e a Itália juntava-se ao clamor pela abolição do governo absoluto, especificamente, de sua continuada ocupação pelo monarca austríaco.
Os primeiros levantes italianos ocorreram em Messina e Palermo. Logo em seguida, começaram a ocorrer demonstrações em Nápoles, onde Ferdinando II foi forçado a liberalizar a constituição. O mesmo aconteceu na Toscana, no Piemonte e em Roma. Em Milão, durante os famosos Cinco Dias de Milão (entre 12 e 18 de março), os insurgentes lutaram dos tetos e janelas e atiraram até mesmo das torres do Duomo, até que as tropas austríacas foram forçadas a retirar-se da cidade.
Mais tarde os austríacos levaram de novo os soberanos aos seus tronos, mas o povo italiano manteve sua rebelião. Verdi também procurava por um material que representaria o povo italiano e sua luta contra os austríacos. Compôs a La Bataglia di Legnano, uma celebração da primeira vitória italiana sobre o imperador germânico. O nome de Verdi tornou-se o símbolo da oposição italiana da época de 1850.
No início de 1851, Verdi informou à direção do Teatro La Fenice que uma nova ópera, La maladezione (o título original de Verdi para Rigoletto) estava terminada. Ele a havia escrito em Sant'Agata com um espírito de grande exaltação. Mas antes da apresentação, apareceram sérias diferenças com o censor de Hapsburg. A polícia via Verdi como um agitador que havia contribuído para a atmosfera anti-austríaca, e sua ópera, que continha uma tentativa de assassinato de uma cabeça coroada, era bastante ofensiva para os oficiais austríacos.
Piave, o libretista, alterou as passagens mais controversas, mudando o local da ação da França para a Itália, e transformando Francis I da França em um libertino Duque de Mantova, uma figura política sem importância. O título tornou-se menos terrível e a ópera foi finalmente apresentada no Teatro La Fenice em 11 de março de 1851, para um público entusiástico.
Mais tarde, ao ser representada em Roma, o censor fez tantas alterações que a história tornou-se quase incompreensível.
A sensibilidade da censura
Não foi a primeira, nem a última vez que Verdi se deparou com problemas com a censura, segundo ele: “não tinham nada que objetar do tema do espinhoso tema de libertinagem e lascívia da história de sedução de uma mulher” No entanto essa passagem permaneceu inócua, no obstante a versão definitiva de Rigoletto ter da censura o beneplácito da versão operística.
A resposta a isso deve ser buscada em outro momento. Desde a caída da revolução de 1848/49, Veneza pertencia de novo à esfera do domínio da monarquia dos Habsburgo. As autoridades desta monarquia evidentemente não podiam tolerar que uma cabeça coroada aparecesse como um herói negativo de um drama de costumes. No entanto outros aspectos da ópera preocuparam o censura. Ficaram satisfeitos com a troca de personagens e o lugar da ação, substituindo o rei francês Francisco I por um poderoso potentado em um pequeno condado.
O Rigoletto
No centro da ação está o protagonista Rigoletto, com todas as suas contradições e complexidades. Disforme em aparência, maligno em sua maneira de ser, o caráter de um pai temeroso e ao mesmo tempo carinhoso. Uma pessoa que, em seu caráter e destino, esconde em seu ser poderosas contradições. Na obra dramática, a palavra teatral não é suficiente para demonstrar em algumas passagens o sofrimento em sua verdadeira medida. Na versão operística, a eloqüência do canto e a intensidade da orquestra completa se fazem indispensáveis. Na passagem em que Rigoletto increpa os cortesões se mantém insuperável, como também sua descrição do sofrimento de um pai aniquilado e muitas outras passagens de sua grande representação do conflito espiritual.
A ópera dos duos
O próprio Verdi admitiu que havia concebido uma ópera “quase totalmente sem árias e seus grandes finais como um encadeamento infinito de duos”. Tudo leva a soluções pouco convencionais, entre outras, a renúncia dos tradicionais finais de conjunto, estes são substituídos por finais de ato de rápido impacto, quase fulminante. O primeiro ato conclui com um coro de cortesões (zitti, zitti miviamo a vendetta...), que fluiu da ária da Gilda, mostrando dessa forma o tipo de representação negativa das massas, uma característica de Verdi, o segundo ato encerra-se com um dueto de vingança de Rigoletto em forma de cabaletta de uma cadeia de duetos. Também o terceiro e último ato termina com o duo de Rigoletto e a agonizante Gilda, seguido por um momento orquestral, que parece surgir de uma tempestade que se encerrando a ópera.
SINOPSIS
Ato I,
Verdi nasceu entre 9 e 11 de outubro (os dados não são claros) de 1813. Apesar de não ser um camponês, sua origem era extremamente modesta -seus pais eram donos de uma taberna em Roncole. Aprendiz do organista da vila, Verdi mostrou aptidão suficiente para prosseguir os estudos na cidade vizinha de Busseto. Sua educação foi garantida por um benfeitor paternal, Antonio Barezzi, um quitandeiro.
Barezzi ajudou Verdi a ir para Milão, onde sua matrícula no conservatório foi recusada, com a alegação de que ele já tinha 19 anos e era considerado velho demais e sem proficiência suficiente no teclado. Apesar desta recusa, Verdi estudou em particular, com um acompanhador musical do La Scala de Milão e o mentor viu que Verdi assistia à ópera com regularidade. Em 1836 Verdi casou-se com a filha de Barezzi, Margherita. Três anos mais tarde, em 1839, sua primeira ópera, Oberto, foi encenada no Teatro La Scala.
Em seguida, Verdi foi atingido pela tragédia. No início de abril de 1840, o filho pequeno de Verdi ficou doente e morreu, sendo seguido pela sua filha mais jovem, dois dias mais tarde. Em junho do mesmo ano, sua esposa Margherita teve um ataque de encefalite aguda e morreu, após um período curto de enfermidade. Toda a vida de Verdi foi destruída e ele retornou para Busseto. Os choques sucessivos levaram Verdi a considerar a idéia de abandonar a música.
Somente dois anos mais tarde, quando Verdi descobriu o libreto Nabucco, um conto do cerco aos hebreus durante os tempos bíblicos, seu interesse pela ópera retornou. Nabucco foi um grande sucesso e o retrato de opressão nele reproduzido, foi visto como uma declaração política sobre a Itália. O nome de Verdi tornou-se sinônimo do movimento de liberação e unificação da Itália e ele assumiu o crescimento constante de seu público com bastante seriedade. O sucesso de Nabucco estimulou Verdi, que continuou a compor algumas das mais importantes óperas da história, entre elas La Traviata, Rigoletto e Aida.
Apesar de ainda não estar no fim da carreira, Verdi retirou-se para Sant'Agata, sua propriedade agrícola, aos 58 anos de idade com sua segunda esposa, a famosa soprano Giuseppina Strepponi. Nos anos seguintes Verdi escreveu sua famosa Missa Requiem e um quarteto de cordas. Bem mais tarde, em 1887, aos 74 anos de idade, Verdi surpreendeu o mundo da ópera com Otello. Baseada na obra de Shakespeare, foi considerada por muitos especialistas como a maior realização da ópera italiana. Seis anos mais tarde, já com 80 anos, produziu outra obra de arte, novamente de Shakespeare, Falstaff, baseada nas Merry Wives de Windsor.
No inverno de 1901, sua esposa Giuseppina e muitos de seus amigos já haviam morrido e Verdi sofreu um derrame na suíte de seu hotel em Milão. Morreu aos 88 anos e, após um funeral simples como havia desejado, teve um funeral público de pompa e estilo normalmente reservados aos chefes de estado.
A fonte de inspiração: Le Roi s'amuse
Le Roi s'amuse, peça escrita por Victor Hugo, foi a base usada para Rigoletto. A peça trata de um governador desonroso, de uma aristocracia injusta e insensível e da injustiça social. Então, qual era o problema? Este é um assunto comum do teatro e do cinema contemporâneo, mas em 1830, atuações tão desrespeitosas à classe governante eram mal vistas e até mesmo condenadas.
Victor Hugo começou a escrever proficuamente durante o anos de 1830 e era considerado como um dos pais do romantismo francês. Acreditava que o drama e, de fato toda a arte, era capaz de tratar com o "feio" e com o "bonito". Ele então desejava mostrar um rei sem consciência, corrupto, egoísta e cruel; um grupo de cortesãos unidos pelo cinismo em um estado onde tudo era podre. Como personagem central, Victor Hugo escolheu um homem deformado, um homem que personifica a feiúra e a ódio. A única virtude do homem era seu amor pela filha, seu único prazer era levar o rei a mais boêmia e excessos vis.
Alguns minutos antes da cortina ser aberta no Le Roi, em 22 de novembro de 1832, espalhou-se a notícia em todo o teatro que Louis Phillipe, o governante da França havia sido assassinado. A notícia não era verdadeira; haviam atirado sem sucesso no rei. No entanto, esta notícia, aliada a alguns atores desajeitados e nervosos e a uma série de contratempos no palco, conseguiram desfazer a ilusão da peça. O povo vaiou.
William Archer, chamou Le Roi -"um pesadelo de peça". Como uma peça não é o que podemos apreciar hoje- os personagens são estáticos, impregnados em um período particular e seus eventos não são convincentes. Apesar disso, Verdi imortalizou a peça e é vista agora como a base de uma das óperas mais populares no repertório padrão.
A Itália à época da composição de Rigoletto
Corria o ano de 1848. Toda a Europa estava em reviravolta, seguindo o exemplo da França, num renovado apelo pela eliminação do governo monárquico. Paris havia derrubado o governo de Louis Phillipe e a França havia sido proclamada uma república. Viena e Berlim estavam em ascensão, e a Itália juntava-se ao clamor pela abolição do governo absoluto, especificamente, de sua continuada ocupação pelo monarca austríaco.
Os primeiros levantes italianos ocorreram em Messina e Palermo. Logo em seguida, começaram a ocorrer demonstrações em Nápoles, onde Ferdinando II foi forçado a liberalizar a constituição. O mesmo aconteceu na Toscana, no Piemonte e em Roma. Em Milão, durante os famosos Cinco Dias de Milão (entre 12 e 18 de março), os insurgentes lutaram dos tetos e janelas e atiraram até mesmo das torres do Duomo, até que as tropas austríacas foram forçadas a retirar-se da cidade.
Mais tarde os austríacos levaram de novo os soberanos aos seus tronos, mas o povo italiano manteve sua rebelião. Verdi também procurava por um material que representaria o povo italiano e sua luta contra os austríacos. Compôs a La Bataglia di Legnano, uma celebração da primeira vitória italiana sobre o imperador germânico. O nome de Verdi tornou-se o símbolo da oposição italiana da época de 1850.
No início de 1851, Verdi informou à direção do Teatro La Fenice que uma nova ópera, La maladezione (o título original de Verdi para Rigoletto) estava terminada. Ele a havia escrito em Sant'Agata com um espírito de grande exaltação. Mas antes da apresentação, apareceram sérias diferenças com o censor de Hapsburg. A polícia via Verdi como um agitador que havia contribuído para a atmosfera anti-austríaca, e sua ópera, que continha uma tentativa de assassinato de uma cabeça coroada, era bastante ofensiva para os oficiais austríacos.
Piave, o libretista, alterou as passagens mais controversas, mudando o local da ação da França para a Itália, e transformando Francis I da França em um libertino Duque de Mantova, uma figura política sem importância. O título tornou-se menos terrível e a ópera foi finalmente apresentada no Teatro La Fenice em 11 de março de 1851, para um público entusiástico.
Mais tarde, ao ser representada em Roma, o censor fez tantas alterações que a história tornou-se quase incompreensível.
A sensibilidade da censura
Não foi a primeira, nem a última vez que Verdi se deparou com problemas com a censura, segundo ele: “não tinham nada que objetar do tema do espinhoso tema de libertinagem e lascívia da história de sedução de uma mulher” No entanto essa passagem permaneceu inócua, no obstante a versão definitiva de Rigoletto ter da censura o beneplácito da versão operística.
A resposta a isso deve ser buscada em outro momento. Desde a caída da revolução de 1848/49, Veneza pertencia de novo à esfera do domínio da monarquia dos Habsburgo. As autoridades desta monarquia evidentemente não podiam tolerar que uma cabeça coroada aparecesse como um herói negativo de um drama de costumes. No entanto outros aspectos da ópera preocuparam o censura. Ficaram satisfeitos com a troca de personagens e o lugar da ação, substituindo o rei francês Francisco I por um poderoso potentado em um pequeno condado.
O Rigoletto
No centro da ação está o protagonista Rigoletto, com todas as suas contradições e complexidades. Disforme em aparência, maligno em sua maneira de ser, o caráter de um pai temeroso e ao mesmo tempo carinhoso. Uma pessoa que, em seu caráter e destino, esconde em seu ser poderosas contradições. Na obra dramática, a palavra teatral não é suficiente para demonstrar em algumas passagens o sofrimento em sua verdadeira medida. Na versão operística, a eloqüência do canto e a intensidade da orquestra completa se fazem indispensáveis. Na passagem em que Rigoletto increpa os cortesões se mantém insuperável, como também sua descrição do sofrimento de um pai aniquilado e muitas outras passagens de sua grande representação do conflito espiritual.
A ópera dos duos
O próprio Verdi admitiu que havia concebido uma ópera “quase totalmente sem árias e seus grandes finais como um encadeamento infinito de duos”. Tudo leva a soluções pouco convencionais, entre outras, a renúncia dos tradicionais finais de conjunto, estes são substituídos por finais de ato de rápido impacto, quase fulminante. O primeiro ato conclui com um coro de cortesões (zitti, zitti miviamo a vendetta...), que fluiu da ária da Gilda, mostrando dessa forma o tipo de representação negativa das massas, uma característica de Verdi, o segundo ato encerra-se com um dueto de vingança de Rigoletto em forma de cabaletta de uma cadeia de duetos. Também o terceiro e último ato termina com o duo de Rigoletto e a agonizante Gilda, seguido por um momento orquestral, que parece surgir de uma tempestade que se encerrando a ópera.
SINOPSIS
Ato I,
Cena 1:
Durante um baile no Palácio Ducal, o galanteador Duque de Mantua descreve seu amor por todas as mulheres bonitas e seu interesse particular por uma jovem desconhecida que ele viu na igreja. O Duque continua a flertar com a Condessa Ceprano, enquanto Marullo conta aos seus amigos cortesãos que Rigoletto, o bobo da corte corcunda, tem uma amante. Rigoletto zomba cruelmente do Conde Ceprano por sua infidelidade e o Conde promete vingança. O Conde Monterone, cuja filha foi seduzida pelo Duque, interrompe a festa e clama por vingança. Rigoletto ridiculariza Monterone que joga uma praga de pai no brincalhão aterrorizado.
Cena 2:
Cena 2:
Naquela noite, Rigoletto recusa os serviços oferecidos por Sparafucile, um assassino profissional. Sua filha Gilda, a única fonte de felicidade da vida de Rigoletto, cumprimenta-o afetuosamente quando ele entra no pátio. Gilda indaga sobre sua história familiar e Rigoletto revela somente que sua mãe está morta. Rigoletto ordena a sua governante, Giovanna, que observe Gilda de perto, e ordena que Gilda nunca saia do lar. Gilda não revela a seu pai que está apaixonada por um homem que ela vê na igreja, que, na verdade, é o Duque disfarçado. Assim que Rigoletto deixa Gilda sozinha, o Duque, vestido como um estudante pobre, conta a Gilda seu amor por ela. Após a partida do Duque, Rigoletto volta para a casa e descobre os cortesãos do Duque raptando Gilda, que eles acreditam ser a nova amante do nobre. Os cortesãos enganam Rigoletto dizendo que eles estão raptando a Condessa Ceprano e ele é convencido a ficar de olhos vendados e segurar a escada, inadvertidamente contribuindo para o rapto de sua amada filha.
Ato II:
Ato II:
O Duque alegra-se ao saber que Gilda foi raptada e corre para encontrá-la em seu quarto. Rigoletto entra, tentando esconder sua infelicidade, e procura desesperadamente por pistas que possam levá-lo ao paradeiro de sua filha. Quando Rigoletto compreende o que aconteceu, ele implora sem sucesso aos cortesãos do Duque para que lhe dêem sua filha de volta. Gilda corre para fora do quarto do Duque e conta a seu pai os acontecimentos daquela noite. Ao ver o Conde Monterone a caminho da prisão. Rigoletto jura vingança contra o Duque.
Ato III:
Ato III:
Rigoletto traz Gilda para a taberna de Sparafucile para que ela veja o Duque flertando com a irmã do assassino, Maddalena. O amor de Gilda pelo Duque é inabalável e Rigoletto lhe ordena que ela volte para casa e vista roupas de homem, preparando-se para a viagem deles a Verona. Assim que Gilda parte, Sparafucile encontra Rigoletto fora da taberna; eles decidem que o Duque será assassinado e Rigoletto retornará à meia-noite para recolher o corpo. Quando Maddalena escuta a ameaça de assassinato, tenta convencer o Duque a deixar a taberna, e quando este recusa-se a partir, ela implora ao seu irmão que poupe a vida do Duque. Sparafucile não quebrará seu acordo com Rigoletto. No entanto, ele diz a sua irmã que se alguém mais entrar na taberna naquela noite eles matarão aquela pessoa e a vida do Duque será assim salva. Enquanto isso, Gilda retorna à taberna. Escutando a conversa de Maddalena e de Sparafucile, ela resolve sacrificar-se para salvar o Duque. Gilda bate à porta e é rapidamente morta e colocada em um saco para Rigoletto, que apanha o saco exaltado. Enquanto rema em direção ao meio do rio, preparando-se para despejar o corpo, Rigoletto escuta o Duque cantando na taberna. Ele rasga o saco em tiras e descobre sua filha moribunda que implora o perdão do pai. Com a morte de Gilda, Rigoletto dolorosamente lembra-se da praga de Monterone.
LIBRETTO
Scena I
Sala magnifica nel palazzo ducale, con porte nel fondo che mettono ad altre sale, pure splendidamente illuminate. Folla di Cavalieri e Dame che passeggiano nelle sale del fondo - Paggi che vanno e vengono - Nelle sale in fondo si vedrà ballare. Da una delle sale vengono parlando fra loro il Duca e Borsa.
DUCA:
Della mia bella incognita borghese Toccare il fin dell'avventura io voglio.
BORSA:
Di quella giovin che vedete al tempio?
DUCA:
Da tre mesi ogni festa.
BORSA:
La sua dimora?
DUCA:
In un remoto calle; Misterioso un uom v'entra ogni notte.
BORSA:
E sa colei chi sia l'amante suo?
DUCA:
Lo ignora. (Un gruppo di dame e cavalieri attraversano la sala)
BORSA:
Quante beltà!... Mirate.
DUCA:
Le vince tutte di Cepran la sposa.
BORSA:
Non v'oda il conte, o Duca...
DUCA:
A me che importa?
BORSA:
Dirlo ad altra ei potria...
DUCA:
Né sventura per me certo saria. Questa o quella per me pari sono a quant'altre d'intorno, d'intorno mi vedo; del mio core l'impero non cedo meglio ad una che ad altra beltà. La costoro avvenenza è qual dono di che il fato ne infiora la vita; s'oggi questa mi torna gradita, forse un'altra, forse un'altra doman lo sarà, un'altra, forse un'altra doman lo sarà. La costanza, tiranna del core, detestiamo qual morbo, qual morbo crudele; sol chi vuole si serbe fidele; non v'ha amor, se non v'è libertà. De' mariti il geloso furore, degli amanti le smanie derido; anco d'Argo i cent'occhi disfido se mi punge, se mi punge una qualche beltà, se mi punge una qualche beltà.
Scena II
Detti, il Conte di Ceprano che segue da lungi la sua sposa servita da altro Cavaliere. Dame e Signori entrano da varie parti.
DUCA: (alla Contessa di Ceprano movendo ad incontrarla con molta galanteria)
Partite?... crudele!...
CONTESSA DI CEPRANO:
Seguire lo sposo m'è forza a Ceprano.
DUCA:
Ma dee luminoso in Corte tal astro qual sole brillare. Per voi qui ciascuno dovrà palpitare. Per voi già possente la fiamma d'amore (con enfasi baciandole la mano) inebria, conquide, distrugge il mio core.
CONTESSA DI CEPRANO:
Calmatevi...
DUCA:
La fiamma d'amore inebria, conquide, distrugge il mio core.
CONTESSA DI CEPRANO:
Calmatevi, calmatevi...
DUCA:
Per voi già possente la fiamma d'amoreinebria, conquide, (dà il braccio alla Contessa ed esce con lei)distrugge il mio core.
Scena III
Detti e Rigoletto, che s'incontra nel signor di Ceprano; poi Cortigiani
RIGOLETTO: (al Conte Ceprano)
In testa che avete, signor di Ceprano?
(Ceprano fa un gesto d'impazienza e segue il Duca)
RIGOLETTO: (ai Cortigiani)
Ei sbuffa! Vedete?
CORO:
he festa!
RIGOLETTO:
Oh sì!..
BORSA:
Il Duca qui pur si diverte!...
RIGOLETTO:
Così non è sempre? Che nuove scoperte! Il giuoco ed il vino, le feste, la danza, battaglie, conviti, ben tutto gli sta. Or della Contessa l'assedio egli avanza, (ridendo) e intanto il marito fremendo ne va. (esce)
Scena IV
Detti e Marullo
MARULLO: (entra premuroso)
Gran nuova! Gran nuova!
BORSA:
Che avvenne? parlate!
MARULLO:
Stupir ne dovrete...
BORSA:
Narrate, narrate...
MARULLO: (ridendo)
Ah, ah!... Rigoletto...
BORSA:
Ebben?
MARULLO:
Caso enorme!...
BORSA:
Perduto ha la gobba? non è più difforme?
MARULLO:
Più strana è la cosa! (con gravità)
Il pazzo possiede...
BORSA: (con sorpresa)
Infine?
MARULLO:
Un'amante!
BORSA: (con sorpresa)
Un'amante! Chi il crede?
MARULLO:
Il gobbo in Cupido or s'è trasformato...
BORSA:
Quel mostro? Cupido!
BORSA, MARULLO:
Cupido beato!
Scena V
Detti e il Duca, seguito da Rigoletto, poi da Ceprano
DUCA: (a Rigoletto)
Ah, più di Ceprano importuno non v'è... La cara sua sposa è un angiol per me!
RIGOLETTO:
Rapitela.
DUCA:
È detto; ma il farlo?
RIGOLETTO:
Sta sera.
DUCA:
Non pensi tu al conte?
RIGOLETTO:
Non c'è la prigione?
DUCA:
Ah no.
RIGOLETTO:
Ebben... s'esilia.
DUCA:
Nemmeno, buffone.
RIGOLETTO:
Allora... (indicando di farla tagliare) allora la testa...
CONTE DI CEPRANO:(Oh l'anima nera!)
DUCA:(battendo colla mano una spalla al Conte)
Che dì, questa testa?...
RIGOLETTO:
È ben naturale! Che far di tal testa? A cosa ella vale?
CONTE DI CEPRANO: (infuriato brandendo la spada)
Marrano!
DUCA: (a Ceprano)
Fermate!
RIGOLETTO:
Da rider mi fa.
MARULLO:
In furia è montato!
DUCA: (a Rigoletto)
Buffone, vien qua.
BORSA:
In furia è montato!
MARULLO:
In furia è montato!
CORO:
In furia è montato!
DUCA:
Ah sempre tu spingi lo scherzo all'estremo.
CONTE DI CEPRANO: (a Cortigiani)
Vendetta del pazzo!Contr'esso un rancore di noi chi non ha?
RIGOLETTO:
Che coglier mi puote? Di loro non temo.
DUCA:
Quell'ira che sfidi, colpir... ti potrà...
CONTE DI CEPRANO:
Vendetta! In armi chi ha core
BORSA, MARULLO
Ma come?
RIGOLETTO:
Del duca il protetto nessun... toccherà.
CONTE DI CEPRANO:
doman sia da me. A notte.
BORSA, MARULLO:
Sì. Sarà.
DUCA:
Ah sempre tu spingi
RIGOLETTO:
Che coglier mi puote? Di loro non temo,
BORSA, MARULLO, CONTE di CEPRANO:
Vendetta del pazzo! Contr'esso un rancore
DUCA:
Lo scherzo all'estremo,
RIGOLETTO:
Del duca il protetto nessun toccherà, no, no,
BORSA, MARULLO, CONTE di CEPRANO:
Pei tristi suoi modi di noi chi non ha?
DUCA:
Ah sempre tu spingi lo scherzo all'estremo,
RIGOLETTO:
Nessun, nessuno, nessun, nessuno
CONTE DI CEPRANO:
Vendetta! vendetta!
BORSA, MARULLO
Vendetta! vendetta!
DUCA:
Quell'ira che sfidi, quell'ira che sfidi, colpir ti potrà.
RIGOLETTO:
nessun, nessuno del duca il protetto, nessuno toccherà.
CONTE DI CEPRANO:
Vendetta! Sta notte chi ha core sia in armi da me.
BORSA, MARULLO:
Vendetta! sì! a notte sarà.
DUCA:
Ah sempre tu spingi
RIGOLETTO:
Che coglier mi puote? Di loro non temo,
BORSA, MARULLO, CONTE DI CEPRANO:
Vendetta del pazzo! Contr'esso un rancore
DUCA:
Lo scherzo all'estremo,
RIGOLETTO:
Del duca il protetto nessun toccherà, no, no,
BORSA, MARULLO, CONTE DI CEPRANO:
pei tristi suoi modi di noi chi non ha?
DUCA:
Ah sempre tu spingi lo scherzo all'estremo,
RIGOLETTO:
Nessun, nessuno, nessun, nessuno
CONTE DI CEPRANO:
Vendetta! vendetta!
BORSA, MARULLO
Vendetta! vendetta!
DUCA:
Quell'ira che sfidi, quell'ira che sfidi, colpir ti potrà.
RIGOLETTO:
Nessun, nessuno del duca il protetto, nessuno toccherà.
CONTE DI CEPRANO:
Vendetta! sta notte chi ha core sia in armi da me.
BORSA, MARULLO:
Vendetta! sì! a notte sarà.
BORSA:
Sì vendetta!
MARULLO:
Sì, vendetta!
CEPRANO:
Sì, vendetta! (La folla dei danzatori invade la sala)
DUCA, RIGOLETTO:
Tutto è gioja!
BORSA:
Sì vendetta!
MARULLO:
Sì, vendetta!
CEPRANO:
Sì, vendetta!
DUCA, RIGOLETTO:
Tutto è festa!
TUTTI:
Tutto è gioja, tutto è festa; tutto invitaci a godere! Oh guardate, non par questa or la reggia del piacere! Oh guardate, non par questa, oh guardate, non par questa or la reggia del piacer! Oh guardate, non par questa or la reggia del piacer!
SCENA VI
Detti ed il Conte di Monterone
MONTERONE: (entro la scena)
Ch'io gli parli.
DUCA:
No!
MONTERONE: (presentandosi)
Il voglio.
BORSA, RIGOLETTO, MARULLO, CEPRANO:
Monterone!
MONTERONE: (fissando il Duca con nobile orgoglio)
Sì, Monteron... la voce mia qual tuono vi scuoterà dovunque.
RIGOLETTO: (al Duca contraffacendo la voce di Monterone)
Ch'io gli parli. (con caricatura) Voi congiuraste, voi congiuraste contro noi, signore; e noi, e noi, clementi in vero, perdonammo... Qual vi piglia or delirio, a tutte l'ore di vostra figlia a reclamar l'onore?
MONTERONE: (guardando Rigoletto con ira sprezzante)
Novello insulto! (al Duca) Ah sì, a turbare, ah sì, a turbare sarò vostr'orgie... verrò a gridare fino a che vegga restarsi inulto di mia famiglia l'atroce insulto; e se al carnefice pur mi darete. spettro terribile mi rivedrete, portante in mano il teschio mio, vendetta a chiedere, vendetta a chiedere al mondo, al mondo, a Dio.
DUCA:
Non più, arrestatelo.
RIGOLETTO:
È matto!
BORSA, MARULLO, CEPRANO:
Quai detti!
MONTERONE: (al Duca e Rigoletto)
Ah, siate entrambi voi maledetti!
BORSA, CEPRANO, MARULLO:
Ah!
MONTERONE:
Slanciare il cane a leon morente è vile, o Duca... e tu, serpente, (a Rigoletto) tu che d'un padre ridi al dolore, sii maledetto!
RIGOLETTO: (da sè colpito)
(Che sento! orrore!)
DUCA, BORSA, CEPRANO, MARULLO:
Oh tu che la festa audace hai turbato, da un genio d'inferno qui fosti guidato;
RIGOLETTO: (Orrore!)
DUCA, BORSA, CEPRANO, MARULLO:
è vano ogni detto, di qua t'allontana va, trema, o vegliardo, dell'ira sovranna è vano ogni detto, di qua t'allontana va, trema, o vegliardo, dell'ira sovrana tu l'hai provocata, più speme non v'è, un'ora fatale fu questa per te, un'ora fatale fu questa per te, fu questa per te,(Monterone parte fra due alabardieri, tutti gli altri seguono il Duca in altra stanza).
SCENA VII
L'estremità più deserta d'una via cieca.A sinistra una casa di discreta apparenza con una piccola corte circondata da muro. Nella corte un grosso ed alto albero ed un sedile di marmo; nel muro una porta che mette alla strada; sopra il muro un terrazzo praticabile, sostenuto da arcate. La porta del primo piano dà sul detto terrazzo. A destra della via è il muro altissimo del giardino, e un fianco del palazzo di Ceprano. È notte.Rigoletto chiuso nel suo mantello. Sparafucile lo segue, portando sotto il mantello una lunga spada.
RIGOLETTO: (Quel vecchio maledivami!)
SPARAFUCILE:
Signor?...
RIGOLETTO:
Va, non ho niente.
SPARAFUCILE:
Né il chiesi... a Voi presenteUn uom di spada sta.
RIGOLETTO:
Un ladro?
SPARAFUCILE:
Un uorn che libera Per poco da un rivale,E voi ne avete...
RIGOLETTO:
Quale?
SPARAFUCILE:
La vostra donna è là.
RIGOLETTO: (Che sento!)
E quanto spendere Per un signor dovrei?
SPARAFUCILE:
Prezzo maggior vorrei...
RIGOLETTO:
Com'usasi pagar?
SPARAFUCILE:
Una metà s'anticipa,Il resto si dà poi...
RIGOLETTO: (Dimonio!)
E come puoiTanto securo oprar?
SPARAFUCILE:
Soglio in cittade uccidere.Oppure nel mio tetto.L'uomo di sera aspettoUna stoccata, e muor.
RIGOLETTO:
E come in casa?
SPARAFUCILE:
È facile...M'aiuta mia sorella...Per le vie danza,.. è bella...Chi voglio attira... e allor...
RIGOLETTO:
Comprendo...
SPARAFUCILE:
Senza strepito...È questo il mio stromento, (mostra la spada)Vi serve?
RIGOLETTO:
No... al momento...
SPARAFUCILE:
Peggio per voi...
RIGOLETTO:
Chi sa?...
SPARAFUCILE:
Sparafucil mi nomino...
RIGOLETTO:
Straniero?...
SPARAFUCILE:
Borgognone...(Per andarsene.)
RIGOLETTO:
E dove all'occasione?...
SPARAFUCILE:
Qui sempre a sera.
RIGOLETTO:
Va.(Sparafucile parte).
SCENA VIII
Rigoletto, guardando dietro a Sparafucile
RIGOLETTO:
Pari siamo!... io la lingua, egli ha il pugnale;L'uomo son io che ride, ei quel che spegne!...Quel vecchio maledivami!...O uomini!... o natura!...Vil scellerato mi faceste voi...!Oh rabbia!... esser difforme!... esser buffone!...Non dover, non poter altro che ridere!...Il retaggio d'ogni uom m'è tolto... il pianto!...Questo padrone mio,Giovin, giocondo, sì possente, bello,Sonnecchiando mi dice:Fa ch'io rida, buffone...Forzarmi deggio, e farlo!... Oh, dannazione!...Odio a voi, cortigiani schernitori!...Quanta in mordervi ho gioia!.. Se iniquo son, per cagion vostra è solo...Ma in altr'uom qui mi cangio!... Quel vecchio malediami!... tal pensiero Perché conturba ognor la mente mia!.,.Mi coglierà sventura?... Ah no, è follia.(Apre con chiave, ed entra nel cortile.)
SCENA IX
Detto e Gilda ch'esce dalla casa e si getta nelle sue braccia.
RIGOLETTO:
Figlia...
GILDA:
Mio padre!
RIGOLETTO:
A te dappressoTrova sol gioia il core oppresso.
GILDA:
Oh quanto amore!
RIGOLETTO:
Mia vita sei!Senza te in terra qual bene avrei?(Sospira)
GILDA:
Voi sospirate!... che v'ange tanto?Lo dite a questa povera figlia...Se v'ha mistero... per lei sia franto...Ch'ella conosca la sua famiglia.
RIGOLETTO:
Tu non ne hai...
GILDA:
Qual nome avete?
RIGOLETTO:
A te che importa?
GILDA:
Se non volete Di voi parlarmi...
RIGOLETTO:
Non uscir mai(interrompendola)
GILDA:
Non vo' che al tempio.
RIGOLETTO:
Or ben tu fai.
GILDA:
Se non di voi, almen chi siaFate ch'io sappia la madre mia.
RIGOLETTO:
Deh non parlare al miseroDel suo perduto bene...Ella sentia, quell'angelo,Pietà delle mie pene...Solo, difforme, povero,Per compassion mi amò,Moria... le zolle copranoLievi quel capo amato...Sola or tu resti al misero...O Dio, sii ringraziato!... (Singhiozzando)
GILDA:
Quanto dolor!... che spremereSì amaro pianto può?Padre, non più, calmatevi...Mi lacera tal vista...Il nome vostro ditemi,Il duol che sì v'attrista...
RIGOLETTO:
A che nomarmi?... è inutile!...Padre ti sono, e basti...Me forse al mondo temono,D'alcuno ho forse gli asti...Altri mi maledicono...
GILDA:
Patria, parenti, amici Voi dunque non avete?
RIGOLETTO:
Patria!... parenti!... dici?...Culto, famiglia, patria,(con effusione)Il mio universo è in te!
GILDA:
Ah se può lieto rendervi,Gioia è la vita a me!Già da tre lune son qui venuta,Né la cittade ho ancor veduta;Se il concedete, farlo or potrei...
RIGOLETTO:
Mai?... mai!... uscita, dimmi unqua sei?
GILDA:
No.
RIGOLETTO:
Guai!
GILDA: (Che dissi!)
RIGOLETTO:
Ben te ne guarda!(Potrien seguirla, rapirla ancora!Qui d'un buffone si disonoraLa figlia, e ridesi... Orror!) Olà?(Verso la casa)
SCENA X
Detti e Giovanna dalla casa.
GIOVANNA:
Signor!
RIGOLETTO:
Venendo, mi vede alcuno?Bada, di' il vero...
GIOVANNA:
Ah no, nessuno.
RIGOLETTO:
Sta ben... la porta che dà al bastioneÈ sempre chiusa?
GIOVANNA:
Lo fu e sarà.
RIGOLETTO:
Veglia, o donna, questo fiore(a Giovanna) Che a te puro confidaiVeglia attenta, e non sia maiChe s'offuschi il suo candor.Tu dei venti dal furoreCh 'altri fiori hanno piegatoLo difendi, e immacolato Lo ridona al genitor
GILDA:
Quanto affetto!... quali cure!Che temete, padre mio?Lassù in cielo, presso DioVeglia un angiol protettor.Da noi stoglie le sventure Di mia madre il priego Santo;Non fia mai divelto o infrantoQuesto a voi diletto fior.
SCENA XI
Detti ed il Duca in costume borghese dalla strada.
RIGOLETTO:
Alcuno è fuori... (Apre la porta della corte e, mentre esce a guardar sulla strada, il Duca guizza furtivo nella corte e si nasconde dietro l'albero, gettando a Giovanna una borsa la fa tacere)
GILDA:
Cielo!Sempre novel sospetto...
RIGOLETTO: (a Gilda tornando)
Alla chiesa vi seguiva mai nessuno?
GIOVANNA:
Mai.
DUCA: (Rigoletto!)
RIGOLETTO:
Se talor qui picchianoGuardatevi da aprir...
GIOVANNA:
Nemmeno al duca...
RIGOLETTO:
Meno che a tutti a lui...Mia figlia addio.
DUCA: (Sua figlia!)
GILDA:
Addio, mio Padre.(S'abbracciano e Rigoletto parte chiudendosi dietro la porta)
SCENA XII
Gilda, Giovanna, il Duca nella corte, poi Ceprano e Borsa a tempo sulla via.
GILDA:
Giovanna, ho dei rimorsi...
GIOVANNA
E perché mai?
GILDA: Tacqui che un giovin ne seguiva al tempio.
GIOVANNA:
Perché ciò dirgli?... l'odiate dunqueCotesto giovin, voi?
GILDA:
No, no, ché troppo è bello e spira amore...
GIOVANNA:
E magnanimo sembra e gran signore.
GILDA:
Signor né principe - io lo vorrei;Sento che povero - più l'amerei. Sognando o vigile - sempre lo chiamo.E l'alma in estasi - gli dice t'a...
DUCA: (esce improvviso, fa cenno a Giovanna d'andarsene, e inginocchiandosi a' piedi di Gilda termina la frase):
T'amo!T'amo ripetilo - sì caro accento, Un puro schiudimi - ciel di contento!
GILDA:
Giovanna?... Ahi misera! -non v'è più alcunoChe qui rispondami!... - Oh Dio!... nessuno!...
DUCA:
Son io coll'anima - che ti rispondo...Ah due che s'amano - son tutto un mondo!...
GILDA:
Chi mai, chi giungere - vi fece a me?
DUCA:
S'angelo o demone - che importa a te?Io t'amo...
GILDA:
Uscitene.
DUCA:
Uscire!... adesso!...Ora che accendene - un fuoco istesso!...Ah inseparabile - d'amore il dio Stringeva, o vergine, - tuo fato al mio! -È il sol dell'anima, - la vita è amore, Sua voce è il palpito - del nostro core...E fama e gloria, - potenza e trono.Terrene, fragili - cose qui sono.Una pur avvene - sola, divina,È amor che agli angeli - più ne avvicina!Adunque amiamoci, - donna celeste, D'invidia agli uomini - sarò per te.
GILDA: (Ah de' miei vergini - sogni son questeLe voci tenere - sì care a me!)
DUCA:
Che m'ami, deh ripetimi...
GILDA:
L'udiste.
DUCA:
Oh me felice!
GILDA:
Il nome vostro ditemi...Saperlo non mi lice?
CEPRANO:
Il loco è qui...(A Borsa dalla via)
DUCA (pensando):
Mi nomino...
BORSA:
Sta ben...(A Ceprano e partono)
DUCA:
Gualtier Maldè...Studente sono... povero...
GIOVANNA: (tornando spaventata):
Romor di passi è fuore...
GILDA:
Forse mio padre...
DUCA: (Ah cogliere Potessi il traditoreChe sì mi sturba!)
GILDA: (a Giovanna):
AdduciloDi qua al bastione... ite...
DUCA:
Di' m'amerai tu?...
GILDA:
E voi?
DUCA:
L'intera vita... poi...
GILDA:
Non più... non più... partite...
A2:
Addio... speranza ed animaSol tu sarai per me.Addio... vivrà immutabileL'affetto mio per te.(Il Duca entra in casa scortato da Giovanna. Gilda resta fissando la porta ond'è partito)
SCENA XIII
Gilda
GILDA:
Gualtier Maldè!... nome di lui sì amato,Scolpisciti nel core innamorato!Caro nome che il mio corFesti primo palpitar,Le delizie dell'amorMi dêi sempre rammentar!Col pensiero il mio desirA te ognora volerà,E pur l'ultimo sospir,Caro nome, tuo sarà.(Entra in casa e compariscce sul terrazzo con una lucerna per vedere ancora una volta il creduto Gualtiero, che si suppone partito dall'altra parte)
SCENA XIV
Marullo, Ceprano, Borsa, Cortigiani armati e mascherati dalla via. Gilda sul terrazzo che tosto rientra.
BORSA (indicando Gilda al Coro):
È là.
CEPRANO:
Miratela...
CORO:
Oh quanto è bella!
MARULLO:
Par fata od angiol.
CORO:
L'amante è quella Di Rigoletto!
SCENA XV
Detti e Rigoletto concentrato.
RIGOLETTO: (Riedo!... perché?)
BORSA:
Silenzio... all'opra... badate a me.
RIGOLETTO: (Ah da quel vecchio fui maledetto!) (Urta in Borsa)
Chi è là?
BORSA:(ai compagni)
Tacete... c'è Rigoletto.
CEPRANO:
Vittoria doppia!... l'uccideremo...
BORSA:
No, ché domani più rideremo...
MARULLO:
Or tutto aggiusto...
RIGOLETTO: (Chi parla qua?)
MARULLO:
Ehi Rigoletto?... Di'?
RIGOLETTO (con voce terribile):(Chi va là)
MARULLO:
Eh non mangiarci!... Son...
RIGOLETTO:
Chi?
MARULLO:
Marullo.
RIGOLETTO:
In tanto bujo lo sguardo è nullo.
MARULLO:
Qui ne condusse ridevol cosa...Torre a Ceprano vogliam la sposa.
RIGOLETTO: (Ohimè respiro!..)
Ma come entrare?
MARULLO (piano a Ceprano):
La vostra chiave? (A Rigoletto) Non dubitareNon dee mancarci lo stratagemma..(Gli dà la chiave avuta da Ceprano)Ecco le chiavi...
RIGOLETTO:
Sento il tuo stemma.(Palpandole)(Ah terror vano fu dunque il mio!)(Respirando)N'è là il palazzo... con voi son 'io.
MARULLO:
Siam mascherati...
RIGOLETTO:
Ch'io pur mi mascheriA me una larva?
MARULLO:
Sì, pronta è già.Terrai la scala...(Gli mette una maschera, e nello stesso tempo lo benda con un fazzoletto, e lo pone a reggere una scala, che avranno appostata al terrazzo)
RIGOLETTO:
Fitta è la tenebra...
MARULLO: (ai compagni):
La benda cieco e sordo il fa.
TUTTI:
Zitti, zitti moviamo a vendetta, Ne sia colto or che meno l'aspetta.Derisore sì audace costanteA sua volta schernito sarà!...Cheti, cheti, rubiamgli l'amante, E la corte doman riderà.(Alcuni salgono al terrazzo, rompon la porta del primo piano, scendono, aprono ad altri ch'entrano dalla strada, e riescono, trascinando Gilda, la quale avrà la bocca chiusa da un fazzoletto. Nel traversare la scena, ella perde una sciarpa)
GILDA (da lontano):
Soccorso, padre mio...
CORO:
Vittoria!...
GILDA:
Aita! (Più lontano)
RIGOLETTO:
Non han finito ancor!...qual derisione!...(Si tocca gli occhi)Sono bendato!...(Si strappa impetuosamente la benda e la maschera, ed al chiarore d'una lanterna scordata riconosce la sciarpa, vede la porta aperta, entra, ne trae Giovanna spaventata: la fissa con istupore, si strappa i capelli senza poter gridare; finalmente, dopo molti sforzi esclama:Ah!... la maledizione!!(sviene)
Salotto nel palazzo ducale. Vi sono due porte laterali, una maggiore nel fondo che si chiude. Al suoi lati pendono i ritratti, in tutta figura, a sinistra del Duca, a destra della sua sposa. V'ha un seggiolone presso una tavola coperta di velluto e altri mobili (Entra il Duca agitatissimo)
DUCA:
Ella mi fu rapita! E quando, o ciel... ne'brevi istanti, prima che il mio presagio interno sull'orma corsa ancora mi spingesse! Schiuso era l'uscio!... e la magion deserta! E dove ora sarà quell'angiol caro?... colei che prima potè in questo core destar la fiamma di costanti affetti?... colei sì pura, al cui modesto sguardo quasi spinto a virtù talor mi credo!... Ella mi fu rapita! E chi l'ardiva?... Ma ne avrò vendettalo chiede il pianto della mia diletta. Parmi veder le lagrime scorrenti da quel ciglio, quando fra il dubbio e l'ansia del subito periglio, dell'amor nostro memore, Il suo Gualtier chiamò. Ned ei potea soccorrerti, cara fanciulla amata, ei che vorria coll'anima farti quaggiù beata; ei che le sfere agli angeli, per te non invidiò. (entrano frettolosi i cortigiani)
SCENA II
Marullo, Ceprano, Borsa ed altri Cortigiani
BORSA, MARULLO, CEPRANO:
Duca, duca?
DUCA:
Ebben?
BORSA, MARULLO, CEPRANO:
L'amante fu rapita a Rigoletto.
DUCA:
Come? e donde?
BORSA, MARULLO, CEPRANO:
Dal suo tetto.
DUCA:
Ah, ah! dite, come fu? (siede)
BORSA, MARULLO, CEPRANO:
Scorrendo uniti remota via, brev'ora dopo caduto il dì, come previsto ben s'era in pria, rara beltà ci si scoprì. Era l'amante di Rigoletto, che, vista appena, si dileguò. Già di rapirla s'avea il progetto,quando il buffone vêr noi spuntò; che di Ceprano noi la contessa rapir volessimo, stolto credé; la scala, quindi, all'uopo messa, bendato, ei stesso ferma tenè. Salimmo, e rapidi la giovinetta a noi riusciva quindi asportar. Quand'ei s'accorse della vendettarestò scornato ad imprecar, ad imprecar.
DUCA: (da sè) (Cielo! è dessa!..la mia diletta!)(al coro)
Ma dove or trovasi la poveretta?
BORSA, MARULLO, CEPRANO:
Fu da noi stessi addotta or qui.
DUCA: (da sè) (Ah, tutto il ciel non mi rapì!) (da sè, alzandosi con gioia) (Possente amor mi chiama, volar io deggio a lei; il serto mio darei per consolar quel cor.Ah! sappia alfin chi l'ama, conosca alfin chi sono, apprenda ch'anco in trono ha degli schiavi Amor) (Esce frettoloso dal mezzo)
BORSA, MARULLO, CEPRANO:
Oh qual pensier or l'agita, come cangiò d'umor!)
SCENA III
Marullo, Ceprano, Borsa, altri Cortigiani, poi Rigoletto
MARULLO:
Povero Rigoletto!
RIGOLETTO: (entro la scena)
La rà, la rà, la la, la rà, la rà, la rà, la rà la rà, la la, la rà, la rà.
TUTTI:
Ei vien! Silenzio.(Rigoletto entra la scena affettando indifferenza)
BORSA, MARULLO, CEPRANO:
Oh buon giorno, Rigoletto...
RIGOLETTO: (Han tutti fatto il colpo!)
CEPRANO:
Ch'hai di nuovo, buffon?..
RIGOLETTO: (contraffacendo Ceprano)
Ch'hai di nuovo, buffon?.. Che dell'usato più nojoso voi siete.
BORSA, MARULLO, CEPRANO:(ridendo)
Ah! ah! ah!
RIGOLETTO: (aggirandosi per la scena)
La rà, la rà, la la la rà, la rà, la rà, la rà. (spiando inquieto dovunque) (Ove l'avran nascosta?)
BORSA, MARULLO, CEPRANO:
Guardate com'è inquieto!
RIGOLETTO:
La rà, la rà, la rà, la rà, la rà, la rà, la rà, la rà, la rà, la rà, la rà.
BORSA, MARULLO, CEPRANO:
Sì! sì! guardate com'è inquieto!
RIGOLETTO: (a Marullo)
Son felice che nulla a voi nuocesse l'aria di questa notte.
MARULLO:
Questa notte!..
RIGOLETTO:
Sì... Oh fu il bel colpo!..
MARULLO:
S'ho dormito sempre!
RIGOLETTO:
Ah, voi dormiste!.. Avrò dunque sognato!.. (S'allontana cantarellando, e visto un fazzoletto lo afferra) La rà, la rà, la la, la rà, la rà, la rà, la la.
BORSA, MARULLO, CEPRANO:(Ve', come tutto osserva!)
RIGOLETTO: (gettando il fazzoletto)
Non è il suo. Dorme il Duca tuttor?
BORSA, MARULLO, CEPRANO:
Sì, dorme ancora.
SCENA IV
Detti e un Paggio della Duchessa
PAGGIO:
Al suo sposo parlar vuol la Duchessa.
CEPRANO:
Dorme.
PAGGIO:
Qui or or con voi non era?..
BORSA:
È a caccia...
PAGGIO:
Senza paggi!.. senz'armi!..
BORSA, MARULLO, CEPRANO:
E non capisci che per ora vedere non può alcuno?..
RIGOLETTO: (che a parte è stato attentissimo al dialogo, balzando improvviso tra loro prorompe)
Ah! ella è qui dunque!.. Ella è col Duca!..
BORSA, MARULLO, CEPRANO:
Chi?
RIGOLETTO:
La giovin che sta notte al mio tetto rapiste... Ma la saprò riprender... Ella è la...
BORSA, MARULLO, CEPRANO:
Se l'amante perdesti, la ricerca altrove.
RIGOLETTO:
Io vo' mia figlia...
BORSA, MARULLO, CEPRANO:
La sua figlia!..
RIGOLETTO:
Sì... la mia figlia... D'una tal vittoria... che?.. adesso non ridete?.. (corre verso la porta, ma i cortigiani gli attraversano il passaggio) Ella è la!.. la vogl'io... la rendete. Cortigiani, vil razza dannata, per qual prezzo vendeste il mio bene? A voi nulla per l'oro sconviene!.. ma mia figlia è impagabil tesor. La rendete... o se pur disarmata, questa man per voi fora cruenta; nulla in terra più l'uomo paventa, se dei figli difende l'onor. (si getta ancora sulla porta che gli è nuovamente contesa) Quella porta, assassini, assassini, m'aprite, la porta, la porta, assassini, m'aprite. (lotta alquanto coi cortigiani, poi torna spossato sul davanti della scena) Ah! voi tutti a me contro venite!.. (piange) tutti contra me!.. Ah!.. Ebben, piango... Marullo... signore, tu ch'hai l'alma gentil come il core, dimmi tu dove l'hanno nascosta?.. È là? non è vero? ... tu taci!.. ohimè! (piange) Miei signori.. perdono, pietate... al vegliardo la figlia ridate... ridonarla a voi nulla ora costa, tutto al mondo è tal figlia per me.
SCENA V
Detti e Gilda ch'esce dalla stanza a sinistra e si getta nelle braccia del padre
GILDA:
Mio padre!
RIGOLETTO:
Dio! mia Gilda!.. Signori... in essa... è tutta la mia famiglia... Non temer più nulla, angelo mio... (ai Cortigiani) fu scherzo!.. non è vero? Io che pur piansi orrido... (a Gilda) E tu a che piangi?..
GILDA:
Ah l'onta, padre mio...
RIGOLETTO:
Cielo! Che dici?
GILDA:
Arrosir voglio innanzi a voi soltanto...
RIGOLETTO: (rivolto al Cortigiani con imperioso modo) Ite di qua, voi tutti... Se il duca vostro d'appressarsi osasse, ch'ei non entri, gli dite, e ch'io ci sono. (si abbandona sul seggiolone)
BORSA, MARULLO, CEPRANO: (tra loro)
Coi fanciulli e co'dementi spesso giova il simular. Partiam pur, ma quel ch'ei tenti non lasciamo d'osservar. (partono)
SCENA VI
Rigoletto e Gilda
RIGOLETTO:
Parla... siam soli...
GILDA: (Ciel dammi coraggio!)
Tutte le feste al tempio mentre pregava Iddio, bella e fatale un giovine offriasi al guardo mio... se i labbri nostri tacquero, dagl'occhi il cor, il cor parlò. Furtivo fra le tenebre sol ieri a me giungeva... Sono studente, povero, commosso mi diceva, e con ardente palpito amor mi protestò. Partì... il mio core aprivasi a speme più gradita, quando improvvisi apparvero color che m'han rapita, e a forza qui m'addussero nell'ansia più crudel.
RIGOLETTO:
Ah! (da sè) (Solo per me l'infamia a te chiedeva, o Dio... ch'ella potesse ascendere quanto caduto er'io... Ah presso del patibolo bisogna ben l'altare!.. ma tutto ora scompare... l'altare... si rovesciò!) (a Gilda) Piangi! piangi fanciulla, fanciulla piangi... scorrer, scorrer fa il pianto sul mio cor.
GILDA:
Padre, in voi parla un angel per me consolator.
RIGOLETTO:
Compiuto pur quanto a fare mi resta... lasciare potremo quest'aura funesta.
GILDA:
Sì
RIGOLETTO: (da sè) (E tutto un sol giorno cangiare potè)
SCENA VII
Detti, un usciere e il Conte di Monterone che attraversa la scena fra gli alabardieri
USCIERE:(alle guardie)
Schiudete... ire al carcere Monteron dee.
MONTERONE: (fermandosi verso il ritratto del Duca)
Poichè fosti invano da me maledetto, nè un fulmine o un ferro colpiva il tuo petto, felice pur anco, o duca, vivrai!... (esce fra le guardie dal mezzo)
RIGOLETTO:
No, vecchio t'inganni... un vindice avrai!
SCENA VIII
Rigoletto e Gilda
RIGOLETTO: (con impeto volto al ritratto)
Sì, vendetta, tremenda vendetta di quest'anima è solo desio... di punirti già l'ora saffretta, che fatale per te tuonerà.Come fulmin scagliato da Dio, te colpire il buffone saprà.
GILDA:
O mio padre, qual gioja feroce balenarvi ne gl'occhi vegg'io!..Perdonate, a noi pure una voce di perdono dal cielo verrà,(Mi tradiva, pur l'amo, gran Dio! per l'ingrato ti chiedo pietà!) (escono dal mezzo)
Deserta sponda del Mincio. A sinistra è una casa a due piani, mezzo diroccata, la cui fronte, volta allo spettatore, lascia vedere per una grande arcata l'interno d'una rustica osteria al pian terreno, ed una rozza scala che mette al granaio, entro cui, da un balcone senza imposte, si vede un lettuccio. Nella facciata che guarda la strada è una porta che s'apre per dietro; il muro poi è sì pieno di fessure che dal di fuori si può facilmente scorgere quanto avviene nell'interno. Il resto del teatro rappresenta la destra parte del Mincio, che nel fondo scorre dietro un parapetto in mezza ruina; al di là del fiume è Mantova. È notte.Gilda e Rigoletto, inquieto, sono sulla strada. Sparafucile nell'interno dell'osteria, seduto sopra una tavola, sta ripulendo il suo cinturone senza nulla intendere di quanto accade al di fuori.
RIGOLETTO:
E l'ami?
GILDA:
Sempre.
RIGOLETTO:
Pure tempo a guarirne t'ho lasciato.
GILDA:
Io l'amo.
RIGOLETTO:
Povero cor di donna!.. Ah il vile infame!.. Ma ne avrai vendetta, o Gilda...
GILDA:
Pietà, mio padre...
RIGOLETTO:
E se tu certa fossi ch'ei ti tradisse, l'ameresti ancora?
GILDA:
Nol so... ma pur m'adora.
RIGOLETTO:
Egli!
GILDA:
Sì.
RIGOLETTO: (la conduce presso una delle fessure del muro, ed ella vi guarda)
Ebben, osserva dunque.
GILDA:
Un uomo vedo.
RIGOLETTO:
Per poco attendi.
SCENA II
Detti e il Duca, che, in assisa di semplice ufficiale di cavalleria, entra nella sala terrena per una porta a sinistra.
GILDA: (trasalendo)
Ah padre mio!
DUCA: (a Sparafucile)
Due cose, e tosto...
SPARAFUCILE:
Quali?
DUCA:
Una stanza e del vino...
RIGOLETTO:
Son questi i suoi costumi!
SPARAFUCILE:
Oh il bel zerbino! (entra nell'interno)
DUCA:
La donna è mobile qual piuma al vento, muta d'accento e di pensiero. Sempre un amabile leggiadro viso, in pianto o in riso, è menzognero. È sempre misero chi a lei s'affida, chi le confida mal cauto il core! Pur mai non sentesi felice appieno chi su quel seno non liba amore! (Sparafucile rientra con una bottiglia di vino e due bicchieri che depone sulla tavola, quindi batte col pomo della sua lunga spada due colpi al soffitto. A quel segnale una ridente giovane, in costume di zingara, scende a salti la scala. Il Duca corre per abbracciarla, ma ella gli sfugge. Frattanto Sparafucile, uscito sulla via, dice a parte a Rigoletto)
SPARAFUCILE:
È là il vostr'uomo... viver dee o morire?
RIGOLETTO:
Più tardi tornerò l'opra a compire. (Sparafucile si allontana dietro la casa lungo il fiume)
SCENA III
Gilda e Rigoletto sulla via, il Duca e Maddalena nel piano terreno
DUCA:
Un dì, si ben rammentomi, o bella, t'incontrai... mi piacque di te chiedere, e intesi che qui stai. Or sappi, che d'allora sol te quest'alma adora.
GILDA:
Iniquo!...
MADDALENA:
Ah, ah!... e vent'altre appresso le scorda forse a desso? Ha un'aria il signorino da vero libertino... DUCA:
Sì... un mostro son... (per abbracciarla)
GILDA:
Ah padre mio!...
MADDALENA:
Lasciatemi, stordito.
DUCA:
Ih, che fracasso!
MADDALENA:
Stia saggio.
DUCA:
E tu sii docile, non farmi tanto chiasso. Ogni saggezza chiudesi nel gaudio e nell'amore... (le prende la mano) La bella mano candida!...
MADDALENA:
Scherzate voi, signore.
DUCA:
No, no.
MADDALENA:
Son brutta.
DUCA:
Abbracciami.
GILDA:
Iniquo!
MADDALENA:
Ebro!...
DUCA: (ridendo)
D'amor ardente.
MADDALENA:
Signor l'indifferente, vi piace canzonar?
DUCA:
No, no, ti vo'sposar.
MADDALENA:
Ne voglio la parola...
DUCA:
Amabile figliuola!
RIGOLETTO: (a Gilda che avrà tutto osservato ed inteso)
E non ti basta ancor?
GILDA:
Iniquo traditor!
DUCA:
Bella figlia dell'amore, schiavo son de'vezzi tuoi; con un detto sol tu puoile mie pene consolar. Vieni e senti del mio core il frequente palpitar. Con un detto sol tu puoi le mie pene consolar.
MADDALENA:
Ah! ah! rido ben di core, chè tai baje costan poco, quanto valga il vostro gioco, mel credete so apprezzar. Sono avvezza, bel signoreAd un simile scherzar.
GILDA:
Ah così parlar d'amorea me pur l'infame ho udito! Infelice cor tradito, per angoscia non scoppiar, Perché o credulo mio core,un tal uomo dovevi amar!
RIGOLETTO: (a Gilda)
Taci, il piangere non vale;Ch'ei mentiva or sei sicura...Taci, e mia sarà la cura la vendetta d'affrettar.Pronta fia sarà fatale, io saprollo fulminar.
RIGOLETTO:
M'odì!... ritorna a casa... oro prendi, un destriero, una veste viril che t'apprestai, e per Verona parti... Sarovvi io pur doman...
GILDA:
Or venite...
RIGOLETTO:
Impossibil.
GILDA:
Tremo.
RIGOLETTO:
Va! (Il Duca e Maddalena stanno fra loro parlando, ridendo e bevendo. Rigoletto va dietro la casa, e ritorna con Sparafucile, contandogli delle monete)
SCENA IV
Sparafucile, Rigoletto, il Duca e Maddalena
RIGOLETTO:
Venti scudi hai tu detto?... Eccone dieci; e dopo l'opra il resto. Ei qui rimane?
SPARAFUCILE:
Sì.
RIGOLETTO:
Alla mezzanotte ritornerò.
SPARAFUCILE:
Non cale. A gettarlo nel fiume basto io solo.
RIGOLETTO:
No, no, il vo' far io stesso.
SPARAFUCILE:
Sia!... Il suo nome?
RIGOLETTO:
Vuoi saper anche il mio? Egli è Delitto, Punizion son io. (Parte. Entro le scene si vedrà un lampo)
SCENA V
Detti meno Rigoletto
SPARAFUCILE:
La tempesta è vicina!... più scura fia la notte.
DUCA: (per prenderla)
Maddalena...
MADDALENA: (sfuggendogli)
Aspettate... mio fratello viene...
DUCA:
Che importa?
MADDALENA:
Tuona!
SPARAFUCILE: (entrando in casa)
E pioverà fra poco.
DUCA:
Tanto meglio! (a Sparafucile) Tu dormerai in scuderia... all'inferno... ove vorrai.
SPARAFUCILE:
Oh, grazie.
MADDALENA: (piano al Duca)
Ah, no, partite.
DUCA: (a Maddalena)
Con tal tempo?
SPARAFUCILE: (piano a Maddalena)
Son venti scudi d'oro. (al Duca) Ben felice d'offrirvi la mia stanza... se a voi piace tosto a vederla andiamo. (prende un lume e s'avvia per la scala)
DUCA:
Ebben! sono con te... presto... vediamo. (dice una parola all'orecchio di Maddalena e segue Sparafucile)
MADDALENA:
Povero giovin!.. grazioso tanto! Dio, qual notte è questa!
DUCA: (sul granaio)
Si dorme all'aria aperta? bene, bene!.. Buona notte.
SPARAFUCILE:
Signor, vi guardi Iddio. (il Duca depone la spada e il cappello)
DUCA:
Breve sonno dormiam... stanco son io. (Depone il cappello, la spada e si stende sul letto, dove in breve addormentasi. Maddalena frattanto siede presso la tavola, Sparafucile beve della bottiglia lasciata dal Duca. Rimangono ambidue taciturni per qualche istante, e preoccupati da gravi pensieri)
MADDALENA:
È amabile in vero cotal giovinotto!
SPARAFUCILE:
Oh sì, venti scudi ne dà di prodotto.
MADDALENA:
Sol venti?.. son pochi!.. valeva di più.
SPARAFUCILE:
La spada, s'ei dorme, va... portami giù.
MADDALENA: (Sale al granaio e contemplando il dormente)
Peccato è pur bello!(Ripara alla meglio il balcone e scende).
SCENA VI
Detti e Gilda, che comparisce nel fondo della via in costume virile, con stivali e speroni, e lentamente si avanza verso l'osteria, mentre Sparafucile continua a bere. Spessi lampi e tuoni.
GILDA:
Ah, più non ragiono!.. Amor mi trascina!.. mio padre, perdono... Qual notte d'orrore!.. Gran Dio, che accadrà!
MADDALENA: (sarà discesa ed avrà posata la spada del Duca sulla tavola)
Fratello?..
GILDA:
Chi parla?.. (osserva per la fessura)
SPARAFUCILE:
Al diavol ten va...
MADDALENA:
Somiglia un Apollo quel giovine... io l'amo... ei m'ama...riposi... nè più l'uccidiamo.
GILDA: (ascoltando)
Oh cielo!
SPARAFUCILE: (gettandole un sacco)
Rattoppa quel sacco...
MADDALENA:
Perchè?
SPARAFUCILE:
Entr'esso il tuo Apollo, sgozzato da me, gettar dovrò al fiume...
GILDA:
L'inferno qui vedo!
MADDALENA:
Eppure il danaro salvarti scommetto, serbandolo in vita.
SPARAFUCILE:
Difficile il credo.
MADDALENA:
M'ascolta... anzi facil ti svelo un progetto. De'scudi già dieci dal gobbo ne avesti; venire cogl'altri più tardi il vedrai... Uccidilo e, venti allora ne avrai,Così tutto il prezzo goder si potrà.
GILDA:
Che sento! mio padre!
SPARAFUCILE:
Uccider quel gobbo!... che diavol dicesti! Un ladro son forse?... Son forse un bandito?... Qual altro cliente da me fu tradito?... Mi paga quest'uomo... fedele m'avrà
MADDALENA:
Ah, grazia per esso.
SPARAFUCILE:
È duopo ch'ei muoja...
MADDALENA: (va per salire)
Fuggire il dovrò…
SPARAFUCILE:
Ancor c'è mezz'ora...
MADDALENA: (piangendo)
Attendi, fratello...
GILDA:
Che! piange tal donna!.. N'è a lui darò aita!.. Ah, s'egli al mio amore divenne rubello, io vo'per la sua gettar la mia vita... (scoppio di fulmine, lampo, e tuono; colpi di battente Gilda batte alla porta)
MADDALENA:
Si picchia?
SPARAFUCILE:
Fu il vento... (Gilda batte ancora)
MADDALENA:
Si picchia, ti dico.
SPARAFUCILE:
È strano!.. Chi è?
GILDA:
Pietà d'un mendico; asil per la notte a lui concedete.
MADDALENA:
Fia lunga tal notte!
SPARAFUCILE: (va a cercare nel credenzone)
Alquanto attendete.
MADDALENA:
Su, spicciati. presto, fa l'opra compitaanelo una vita con altra salvar.
SPARAFUCILE:
Ebbene... son pronto, quell'uscio dischiudi; più ch'altro gli scudi mi preme salvar.
GILDA:
Ah! presso alla morte, sì giovine, sono! Oh ciel, per gl'empi ti chieggo perdono! Perdona tu, o padre, questa infelice! ...Sia l'uomo felice - ch'or vado a salvar.
MADDALENA:
Su spicciati, presto fa l'opra compitaAnelo una vita - con l'altra salvar.
SPARAFUCILE:
Bene.. son prontoquell'uscio dischiudi;più ch'altro gli scudimi preme salvar;(fulmine, lampo, e tuono Gilda picchia di nuovo. Sparafucile va a postarsi con un pugnale dietro la porta; Maddalena apre, poi corre a chiudere la grande arcata di fronte, mentre entra Gilda, dietro a cui Sparafucile chiude la porta, e tutto resta sepolto nel silenzio e nel bujo)
SCENA VII
Rigoletto solo si avanza dal fondo della scena chiuso nel suo mantello. La violenza del temporale è diminuita, nè più si vede e sente che qualche lampo e tuono Rigoletto
RIGOLETTO:
Della vendetta alfin giunge l'istante! da trenta dì l'aspetto di vivo sangue a lagrime piangendo, sotto la larva del buffon... (esaminando la casa) Quest'uscio è chiuso!.. Ah, non è tempo ancor!.. S'attenda. Qual notte di mistero! una tempesta in cielo!.. in terra un omicidio!.. Oh come in vero qui grande mi sento!.. (L'orologio suona mezzanotte) Mezza notte!.. (batte alla porta)
SCENA VIII
Detto e Sparafucile dalla casa
SPARAFUCILE:
Chi è là?
RIGOLETTO:
Son io...
SPARAFUCILE:
Sostate. (rientra e torna trascinando un sacco) è qua spento il vostr'uomo!..
RIGOLETTO:
Oh gioja!.. Un lume!..
SPARAFUCILE:
Un lume?.. No, il danaro. Lesti, all'onda il gettiam...
RIGOLETTO: (gli dà una borsa)
No... basto io solo.
SPARAFUCILE:
Come vi piace... Qui men atto è il sito... più avanti è più profondo il gorgo... Presto, che alcun non vi sorprenda... Buona notte. (rientra in casa)
SCENA IX
Rigoletto, poi il Duca a tempo
RIGOLETTO:
Egli è là!.. morto!.. oh sì!.. vorrei vederlo! ma che importa!.. è ben desso!.. Ecco i suoi sproni!.. Ora mi guarda, o mondo!.. Quest'è un buffone, ed un potente è questo! Ei sta sotto i miei piedi!.. è desso! oh gioja!.. è giunta alfine la tua vendetta, o duolo!.. Sia l'onda a lui sepolcro, un sacco il suo lenzuolo!.. All'onda! all'onda! (fa per trascinare il sacco verso la sponda, quando è sorpreso dalla lontana voce del Duca, che nel fondo attraversa la scena)
RIGOLETTO:
Qual voce!.. illusion notturna è questa!..(traselando)No, no!..egli è desso!..Maledizione! (verso la casa) Olà... dimon bandito?.. Chi è mai, chi è qui in sua vece?.. (taglia il sacco) Io tremo... è umano corpo!.. (lampeggia)
SCENA ULTIMA
Rigoletto e GildaMia figlia!.. Dio!.. mia figlia!.. Ah, no!.. è impossibil!.. per Verona è in via!.. Fu vision!.. è dessa!.. (inginocchiandosi) Oh mia Gilda!.. fanciulla... a me rispondi!.. l'assassino mi svela... Olà? (picchia disperatamente alla porta) Nessuno!.. nessun!.. Mia figlia?.. mia Gilda?.. oh mia figlia?..
GILDA:
Chi mi chiama?
RIGOLETTO:
Ella parla!.. si move!.. è viva!.. oh Dio! Ah, mio ben solo in terra... mi guarda, mi conosci...
GILDA:
Ah... padre mio!..
RIGOLETTO:
Qual mistero!.. che fu!.. sei tu ferita?.. dimmi...
GILDA:
L'acciar... (indicando il core) qui... qui mi piagò..
RIGOLETTO:
Chi t'ha colpita?..
GILDA:
V'ho l'ingannato... colpevole fui... l'amai troppo... ora muojo per lui!..
RIGOLETTO: (da sè) (Dio tremendo! ella stessa fu côlta dallo stral di mia giusta vendetta!) (a Gilda)
Angiol caro, mi guarda, m'ascolta... parla, parlami, figlia diletta!
GILDA:
Ah, ch'io taccia!.. a me... a lui perdonate!.. benedite... alla figlia... o mio padre.. lassù... in cielo, vicina alla madre... in eterno per voi ... pregherò.
RIGOLETTO:
Non morir... mio tesoro, pietade... se t'involi qui sol rimarrei... non morire, o qui teco morrò!..
GILDA:
Non più... A lui... perdonate... mio padre... Ad... dio!(Muore)
RIGOLETTO:
Gilda! mia Gilda! è morta!.. Ah! la maledizione!!
(Strappandosi i capelli cade sul cadavere della figlia)
2 comentários:
verdadeiramente espantoso este espaço....
Caro Luis.Obrigado. Se tiver algum coentário sobre alguma obra ainda não postada aqui, será sempre muito útil publicar, assim todos poderemos desfrutar do material.
Abraços.
Emanuel Martinez
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