A ópera se passa no palácio de Herodes Antipas, o tetrarca (ou governador) da Galiléia, por volta do ano 30 da era cristã.
Antes de a ópera começar
Salomé, de dezesseis anos, é a filha de Herodíades e Filipe. Herodíades abandonou o marido para viver com o irmão dele, Herodes. Salomé, é portanto, além de enteada, sobrinha de Herodes.
Indignado com a atitude pecaminosa de Herodíades, o profeta Jokanaan (São João Batista) passou a vociferar publicamente contra ela. Para silenciá-lo, Herodes mandou prendê-lo. Embora Herodíades insista, o tetrarca se nega a condenar Jokanaan à morte. Além de preocupar-se com a reação popular, Herodes tem um certo respeito temeroso pela santidade do profeta, que já está encarcerado há vários meses.
Ato único
Uma noite de muito calor. No terraço do palácio, Narraboth, o capitão da guarda, observa o banquete de aniversário oferecido por Herodes e comenta, fascinado, a beleza da princesa Salomé. O pajem de Herodíades diz que a Lua parece muito estranha, e adverte Narraboth: “Não olhe para Salomé dessa forma, coisas terríveis poderão acontecer”! Dois soldados guardam a entrada da cisterna do subsolo onde Jokanaan está preso. De repente, ouve-se a voz do profeta, anunciando a chegada do Messias.
Exasperada, Salomé sai para o terraço. Além de fugir dos lúbricos olhares do tetrarca, a princesa deixou o salão de banquetes por não suportar os convidados: os judeus não param de discutir religião, os egípcios são astutos e dissimulados e os romanos, grosseiros e mal-educados.
Ouvindo a voz de Jokanaan, Salomé fica tentada a conhecer esse homem que a mãe tanto amaldiçoa. Usando todo seu poder de sedução, consegue convencer o pobre Narraboth a transgredir as ordens do tetrarca. Os dois guardas trazem o profeta, que imediatamente se lança numa invectiva contra os pecados de Herodíades.
Enquanto Jokanaan fala, Salomé vai ficando irresistivelmente atraída por ele. Ao apresentar-se como filha de Herodíades, é rechaçada pelo profeta, mas essa rejeição só faz aumentar o fascínio que Salomé sente por aquele estranho homem, sujo e esfarrapado. Narraboth implora à princesa que se afaste, mas ela, obsessionada, não o ouve, e implora a Jokanaan que a deixe beijá-lo na boca. Desesperado, Narraboth se apunhala e cai morto entre os dois. A atração da princesa pelos lábios do profeta é tanta que ela nem percebe o morto a seus pés. Jokanaan, altivo, volta espontaneamente para a cisterna amaldiçoando Salomé.
Entram agora Herodes, Herodíades e seus convidados. O tetrarca sente um estranho frio, está perturbado pelo estranho aspecto da Lua. Escorrega no sangue de Narraboth e, com indiferença, manda remover o corpo. Apesar das advertências de Herodiades, o tetrarca, inquieto, busca por Salomé, a quem convida para beber vinho com ele na mesma taça. Ante a recusa da jovem, manda trazer frutas frescas para ela e convida-a para sentar-se a seu lado, no trono da mãe. Salomé tampouco aceita e Herodes, contrariado, repreende Herodiades, dizendo-lhe que educou mal a filha.
Ouve-se novamente a voz de Jokanaan. Suas palavras despertam o ódio de Herodíades, que acusa o tetrarca de ter medo do profeta.
Herodes pede a Salomé que dance para ele. Herodíades a proíbe e Salomé se recusa. Ante a promessa do tetrarca, porém, de dar-lhe em troca qualquer coisa que ela venha a pedir, a princesa concorda e dança sedutoramente.
Terminada a dança, Salomé exige sua recompensa: quer a cabeça de Jokanaan numa bandeja de prata. Enquanto Herodíades aplaude a escolha, Herodes implora a Salomé que mude de idéia. Mas Salomé é irredutível, e Herodes entristecido cumpre sua palavra, murmurando: “É, na verdade, a digna filha de sua mãe”!
O carrasco desce à cisterna, e retorna com a cabeça de Jokanaan numa bandeja, entregando-a à princesa. Muito excitada, Salomé beija apaixonadamente a boca da cabeça sem vida. Horrorizado com a cena que acaba de presenciar, Herodes ordena a seus guardas que matem Salomé e eles a esmagam sob seus escudos.
Antes de a ópera começar
Salomé, de dezesseis anos, é a filha de Herodíades e Filipe. Herodíades abandonou o marido para viver com o irmão dele, Herodes. Salomé, é portanto, além de enteada, sobrinha de Herodes.
Indignado com a atitude pecaminosa de Herodíades, o profeta Jokanaan (São João Batista) passou a vociferar publicamente contra ela. Para silenciá-lo, Herodes mandou prendê-lo. Embora Herodíades insista, o tetrarca se nega a condenar Jokanaan à morte. Além de preocupar-se com a reação popular, Herodes tem um certo respeito temeroso pela santidade do profeta, que já está encarcerado há vários meses.
Ato único
Uma noite de muito calor. No terraço do palácio, Narraboth, o capitão da guarda, observa o banquete de aniversário oferecido por Herodes e comenta, fascinado, a beleza da princesa Salomé. O pajem de Herodíades diz que a Lua parece muito estranha, e adverte Narraboth: “Não olhe para Salomé dessa forma, coisas terríveis poderão acontecer”! Dois soldados guardam a entrada da cisterna do subsolo onde Jokanaan está preso. De repente, ouve-se a voz do profeta, anunciando a chegada do Messias.
Exasperada, Salomé sai para o terraço. Além de fugir dos lúbricos olhares do tetrarca, a princesa deixou o salão de banquetes por não suportar os convidados: os judeus não param de discutir religião, os egípcios são astutos e dissimulados e os romanos, grosseiros e mal-educados.
Ouvindo a voz de Jokanaan, Salomé fica tentada a conhecer esse homem que a mãe tanto amaldiçoa. Usando todo seu poder de sedução, consegue convencer o pobre Narraboth a transgredir as ordens do tetrarca. Os dois guardas trazem o profeta, que imediatamente se lança numa invectiva contra os pecados de Herodíades.
Enquanto Jokanaan fala, Salomé vai ficando irresistivelmente atraída por ele. Ao apresentar-se como filha de Herodíades, é rechaçada pelo profeta, mas essa rejeição só faz aumentar o fascínio que Salomé sente por aquele estranho homem, sujo e esfarrapado. Narraboth implora à princesa que se afaste, mas ela, obsessionada, não o ouve, e implora a Jokanaan que a deixe beijá-lo na boca. Desesperado, Narraboth se apunhala e cai morto entre os dois. A atração da princesa pelos lábios do profeta é tanta que ela nem percebe o morto a seus pés. Jokanaan, altivo, volta espontaneamente para a cisterna amaldiçoando Salomé.
Entram agora Herodes, Herodíades e seus convidados. O tetrarca sente um estranho frio, está perturbado pelo estranho aspecto da Lua. Escorrega no sangue de Narraboth e, com indiferença, manda remover o corpo. Apesar das advertências de Herodiades, o tetrarca, inquieto, busca por Salomé, a quem convida para beber vinho com ele na mesma taça. Ante a recusa da jovem, manda trazer frutas frescas para ela e convida-a para sentar-se a seu lado, no trono da mãe. Salomé tampouco aceita e Herodes, contrariado, repreende Herodiades, dizendo-lhe que educou mal a filha.
Ouve-se novamente a voz de Jokanaan. Suas palavras despertam o ódio de Herodíades, que acusa o tetrarca de ter medo do profeta.
Herodes pede a Salomé que dance para ele. Herodíades a proíbe e Salomé se recusa. Ante a promessa do tetrarca, porém, de dar-lhe em troca qualquer coisa que ela venha a pedir, a princesa concorda e dança sedutoramente.
Terminada a dança, Salomé exige sua recompensa: quer a cabeça de Jokanaan numa bandeja de prata. Enquanto Herodíades aplaude a escolha, Herodes implora a Salomé que mude de idéia. Mas Salomé é irredutível, e Herodes entristecido cumpre sua palavra, murmurando: “É, na verdade, a digna filha de sua mãe”!
O carrasco desce à cisterna, e retorna com a cabeça de Jokanaan numa bandeja, entregando-a à princesa. Muito excitada, Salomé beija apaixonadamente a boca da cabeça sem vida. Horrorizado com a cena que acaba de presenciar, Herodes ordena a seus guardas que matem Salomé e eles a esmagam sob seus escudos.
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