segunda-feira, 24 de setembro de 2007

SCHUMANN, Robert - Sinfonia No. 3 em mi bemol maior, Op. 97 (Renana)

Escrita em dezembro de 1850 em Düsseldorf, onde foi também estreada no ano seguinte a 6 de fevereiro, sob a regência do compositor. Apesar de sua numeração, é a segunda em data das quatro sinfonias. Seu nome de Renana tem origem num subtítulo previsto pelo músico “Episódio de uma vida às margens do Reno”: Schumann, desejava expressar nessa obra tudo o que pode evocar o rio, suas paisagens, suas lendas, na alma dos românticos alemães. Eminentemente poética, de inspiração popular. É uma homenagem à velha Alemanha. Uma rítmica vigorosa, por um lado, determina muitas vezes a arquitetura, em particular a dos primeiros e último movimentos de uma partitura que compreende cinco deles, indicados de forma original, em alemão.
O primeiro movimento abre-se com um tema ritmicamente sincopado, enunciado em um tutti. Todo o movimento possui características enérgicas. Um staccato liga o segundo tema, que possui características mais líricas que o primeiro. No desenvolvimento o primeiro tema reaparece com as trompas.
O segundo movimento teve originalmente o nome de Manhã no Reno e está na tonalidade de do maior. Tem poucas ligações com a forma Scherzo. Há na realidade um desenvolvimento em cima de variações. Um laendler é apresentado no início pelas violas e violoncelos, tema este bem desenvolvido por toda a orquestra. O Trio, na tonalidade de la menor, fornece interessante contraste, com a predominância dos instrumentos de sopro.
O terceiro movimento está na tonalidade de La bemol maior e é de pequenas dimensões, apenas 54 compassos. Funciona como um intermezzo na forma de Lied.
O quarto movimento na tonalidade de mi bemol menor. Possui um caráter solene, e quase pode ser visto como uma introdução para o último movimento. Schumann utilizou-se da sua visão da catedral de Colônia e na cerimônia de elevação ao cardinalato do arcebispo da cidade. O contraponto é uma homenagem a Bach e é construído sobre um único tema.
O quinto e último movimento surge em contraste ao quarto movimento. Inicia com a força rítmica do primeiro tema. Possui as características de danças populares. Na Coda, há um resumo de toda a sinfonia, com o desfile dos principais temas da sinfonia.

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