Esta suite sinfônica, baseada na ópera Porgy and Bess, é criada por George Gershwin em 1936, um ano após a estréia da ópera. O próprio compositor a dirige durante um tour de concertos entre 21 de janeiro de 1936 e 20 de janeiro de 1937 nos quais também é o solista do Concerto em Fá. A partitura é retirada quase que completamente dos originais da ópera, com algumas novidades para a coda do primeiro movimento e uma orquestração diferente para o final do último movimento. O resto da adaptação é realizada por Gershwin sobre a partitura de Porgy and Bess, marcando apenas quais instrumentos substituiriam as linhas vocais nas partes originais. Após a sua morte, no entanto, a partitura fica esquecida no arquivo da casa de Ira Gershwin, em Beverly Hills, por mais de 20 anos. Em 1958, quase que casualmente, Ira Gershwin descobre a partitura e percebe sua importância. Resolve, então, dar-lhe um nome - Catfish Row -, para distinguir de outra suite sinfônica criada por Robert Russel Bennett. Em seguida, entrega a partitura ao amigo e maestro Maurice Abravanel, que tinha dirigido na Broadway a produção de Lady in the Dark de Moss Hart, Kurt Weill e do próprio Ira. Este faz ainda algumas modificações, que são incorporadas ao material editado. Durante quase 40 anos, este material editado de Catfish Row é o único disponível para execução. O material completo estava quase ilegível, com algumas páginas tão envelhecidas que as linhas eram quase invisíveis. Além disso, as partes não casavam com a partitura. Para piorar, havia um sem número de erros de vários copistas nas partes, junto a algumas alterações impossíveis para as flautas e os oboés. A Biblioteca do Congresso Americano guarda o manuscrito original, com anotações feitas de cinco formas distintas: com caneta vermelha, lápis comum, lápis vermelho, lápis azul e lápis verde. As anotações com caneta vermelha, lápis comum e lápis vermelho foram feitas por Gershwin, enquanto as marcações com lápis azul e lápis verde foram provavelmente feitas por Abravanel, em 1958. Um exame feito sobre a partitura revelou ainda que as anotações em caneta vermelha representam as alterações iniciais de Gershwin transformando a ópera em suite sinfônica. Já as alterações em lápis comum e vermelho mostram as mudanças feitas durante o tour de concertos de estréia da obra, em 1936-37
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