segunda-feira, 11 de junho de 2007

HAYDN, Franz – Sinfonia 101 em re maior – “ O Relógio”

Esta sinfonia sempre foi muito popular, tendo em vista que o finale – uma sonata rondó, movimento de grande fôlego, entre outras características, destaca-se pela fuga dupla em pianíssimo, e os interlúdios em re menor. No entanto sua maior fama vem do movimento lento, onde os acompanhamentos se movem em colcheias, fazendo lembrar o funcionamento de um relógio, seção esta de grandes proporções em tonalidade menor.
Iniciada na Áustria em 1793 e foi concluída em Londres e, 1794, conforme autógrafo. Estreou em 3 de março de 1794, o quarto concerto apresentado no Salomon Concerts, regida pelo próprio autor.
O primeiro movimento inicia com um movimento lento - Adágio – como introdução para o Presto. Os dois primeiros compassos fazem alusão ao início do Presto. O primeiro tema é marcado por um motivo ascendente que os violinos enunciam desde o início. Já o tema contrastante é descendente, também apresentado pelos violinos. Esse material é apresentado duas vezes já que a exposição é repetida, conforme indicação na partitura. O segundo motivo aparece no desenvolvimento, em um jogo de imitações canônicas entre os primeiros e segundos violinos. Depois de uma pausa, ouve-se a re-exposição com o tema inicial e ao mesmo tempo repleta de novas idéias. Concluindo, a Coda é marcada pela presença marcante da flauta.
O segundo movimento – Andante – caracteriza-se por um movimento em staccato e regular que acompanha as entradas do tema, com uma forte analogia com o tic-tac do relógio. Este apelido “O Relógio” remonta ao século XIX, tornando a sinfonia bastante popular. Este movimento é uma seqüência de variações marcadas pelo ritmo mecânico já mencionado. O tema principal é constantemente variado, passando do tom maior ao menor.
O Menuet é um Allegretto. O ritmo afirmativo da velha dança, instiga Haydn a criar um movimento vivo. No Trio, a expressão está entregue a elementos rítmicos e dinâmicos numa única nota repetida em valores alternados em dinâmicas que vão de pianíssimo a fortíssimo. A melodia principal está confiada á flauta. Ao final do movimento há um suspense, provocado por um compasso de silêncio.
O último movimento - Finale – Vivace, é um Rondo com variações, com um motivo principal em valores longos de grande efeito. Esse tema torna-se motivo para o desenvolvimento de uma fuga dupla culminando em uma pausa, fazendo com que surja o tema inicial em sua forma inicial, iniciando-se aí a Coda final.

Um comentário:

Anônimo disse...

Haydn é eterno, a matemática musical ad perpetum.